A categoria da superexploração da força de trabalho no pensamento de Ruy Mauro Marini

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Leite, Alex Willian [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152387
Resumo: O objeto de análise de nossa pesquisa é a Teoria Marxista da Dependência (TMD) no pensamento de Ruy Mauro Marini, em especial a categoria da superexploração da força de trabalho. Partimos do resgate bibliográfico da obra do autor dos anos de 1966 a 1979 – período no qual se concentram suas principais formulações sobre a problemática da dependência – que tratam da reprodução atrofiada da força de trabalho, com sua extração de mais valia pautada na modalidade da superexploração. Adotando a teoria do valor de Marx, Marini procurou responder porque o subdesenvolvimento é o outro polo do desenvolvimento dentro do modo de produção capitalista e como a teoria do valor estabelece sua particularidade na América Latina. Partindo dessa análise, caminhamos com as seguintes indagações: I – O desenvolvimentismo (e o neodesenvolvimentismo) teriam condições de atingir um desenvolvimento econômico capaz de promover o rompimento com a dependência estrutural?; II – O neodesenvolvimentismo dos anos 2000 possibilitou a superação do subdesenvolvimento e a subordinação ao imperialismo monopolista? Frente a essas indagações defendemos a seguinte hipótese: a categoria de superexploração é explicativa da modalidade estrutural que caracteriza as economias dependentes e configura um modo de produção fundado exclusivamente na maior exploração do trabalhador em detrimento ao desenvolvimento de sua capacidade produtiva. Ou seja, essa modalidade carrega o imbricamento entre crescimento da taxa de mais valia com esgotamento prematuro da força de trabalho, comprometendo sua reprodução.