Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Martins, Luis Henrique de jesus |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/21792
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Resumo: |
Num País em que grande parte das pesquisas sobre gênero e cinema são centradas em torno da figura do homossexual masculino, esta dissertação pretende refletir sobre os corpos trans no cinema brasileiro. Foram mapeados longas-metragens brasileiros com personagens travestis, transexuais e aqueles associados a outras identidades que, de alguma forma, transgridem as normas de gêneros, constituindo um panorama histórico e analítico sobre a representação destas categorias no cinema nacional. Estes corpos - muitas vezes, percebidos pela sociedade como não-humanos ou sub-humanos, invisibilizados ou marcados por uma forte exclusão social - ao mesmo tempo, porém, são fonte de um grande fascínio em nossa cultura. Até meados dos anos 80, quando o cinema nacional era dominado por uma cultura heteronormativa, essas personagens eram retratadas sob uma perspectiva de alteridade. Portanto, a representação desses corpos partia da ideia de ‘monstruosidade’: não o monstro da ficção de horror, mas um corpo situado numa determinada categoria de inteligibilidade que causa perturbação à norma. O corpo monstruoso provoca um misto de fascínio e repulsa, cumprindo função de delimitar aquilo que é reconhecido culturalmente como normal. Pretende-se analisar como essa ideia de monstruosidade é construída nos filmes Rainha Diaba (1974, Antônio Carlos Fontoura), Viagem ao Céu da Boca (1981, Roberto Mauro) e Vera (1987, Sérgio Toledo). Já a partir dos anos 90 (E, principalmente, dos anos 2000), a partir de uma diversificação na produção cinematográfica, novos olhares emergem e estabelecem diálogo com os movimentos LGBT’s do País. A análise das obras mapeadas neste período, como a ficção Doce Amianto (2013, Guto Parente e Uirá dos Reis) e o documentário Bombadeira (2007, Luis Carlos de Alencar), identificou duas novas estratégias de representação dos corpos trans: Se por um lado, temos um discurso de humanização destes corpos e sua integração com a norma, por outro há aqueles, que desejam o rompimento com um sistema normativo e a hierarquização dos corpos. |