Fins de mundos cinematográficos e educação ambiental: entrelaçamentos cosmopolíticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pereira, Ana Paula Valle
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26872
Resumo: O fim do mundo prolifera diversos discursos na mídia, intensificando medos e incertezas. O cinema reverbera muitos destes discursos. Tendo em vista esta problemática, a presente dissertação teve como objetivo geral, entender a partir de/com a proposição cosmopolítica, de Isabelle Stengers, as formas de encontros entre os humanos e mais-que- humanos em filmes que versam sobre os fins de mundo. Teve como objetivos específicos, entender as possibilidades da proposição cosmopolítica para pensar o cinema e a questão ambiental; construir uma argumentação a partir dos filmes que evidenciem os fins; e experenciar como humanos e mais-que-humanos se encontram nestes fins. No percurso da pesquisa, a escrita se encontrou com uma metáfora que fez brotar três ensaios. Pensar na estrutura a partir de um micélio fúngico permitiu compreender este trabalho como (co)independente, ou seja, os ensaios se relacionam, porém não dependem um dos outros para o seu entendimento. O primeiro ensaio se debruça sobre a proposição cosmopolítica e no filme Krenak (2016) afim de indagar o que pode ser pluralizar os fins de mundo no cinema? O que pode ser o encontro entre a cosmopolítica e os filmes? O que pode uma cosmopolítica da imagem nos fins de mundos? O segundo ensaio articula a discussão de Bruno Latour acerca da noção de Apocalipse, pensa uma educação ambiental no/do/com/para os fins de mundo e as práticas cotidianas dos personagens do filme Beasts of the Southern Wild (2012). Neste ensaio questiona-se: o que pode ser permanecer nos fins dos tempos no filme? O que pode ser viver no apocalipse? O que pode uma educação ambiental nos fins de mundo? O terceiro ensaio articula de forma experimental diversos autores com os filmes Beasts of the Southern Wild (2012) e Nausicaä do Vale do Vento (1984) para pensar: quais gestos entre os humanos e mais-que-humanos podem ser feitos nos fins de mundo? O que estes gestos proliferam? Os fins de mundo dos filmes proliferam práticas entre os seres que escaparão a uma ideia de excepcionalismo humano entendendo as interdependências entre os seres humanos e mais-que-humanos nos filmes. Os três filmes contam histórias de povos que viveram e vivem seus fins de mundos lutando pela sobrevivência em seus territórios atentos aos seres e as práticas que os coconstituem.