Aleitamento materno em maternidades privadas participantes da pesquisa nascer saudável

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Alves, Rachael de Vasconecelos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23169
http://dx.doi.org/10.22409/PPGSC.2020.m.13650627752
Resumo: Introdução: A Organização Mundial da Saúde preconiza o apoio ao aleitamento materno ao nascimento e ao aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida. O Projeto Parto Adequado teve como objetivo aprimorar a atenção pré-natal e ao parto em maternidades privadas e a Pesquisa Nascer Saudável buscou avaliar esse Projeto. Objetivos: Estimar a prevalência de amamentação na primeira hora de vida e de aleitamento materno exclusivo durante a internação hospitalar em maternidades privadas e analisar fatores associados a esses desfechos. Métodos: A Pesquisa Nascer Saudável foi um estudo transversal conduzido em 2017 em 12 hospitais privados que participaram do Projeto Parto Adequado. Foi adotada amostra complexa e coletadas informações de 400 puérperas por hospital, mediante entrevista e observação de prontuário, sendo excluídas condições que impedissem a amamentação ao nascimento, como mães HIV positivas e recém-nascidos com malformações severas. Na análise foi utilizada regressão logística múltipla, segundo modelo teórico hierarquizado. Resultados: a prevalência de aleitamento materno na primeira hora de vida foi de 57,1%. Escolaridade materna mais baixa (ORa= 0,643), nível socioeconômico mais baixo (ORa = 0,687), ter sido submetida à cesariana (ORa = 0,649), o recém-nato ser prematuro tardio (ORa = 0,660) e não ficar em alojamento conjunto (ORa = 0,669) se associaram negativamente ao desfecho. Ter recebido informação sobre a importância da amamentação ao nascimento no pré-natal (ORa = 2,585), ter sido alvo do modelo assistencial Parto Adequado (ORa = 1,273) ), contato pele a pele ao nascimento (ORa = 2,127) e bebê do sexo feminino (ORa = 1,194) se associaram positivamente ao desfecho. A prevalência de aleitamento materno exclusivo na maternidade foi de 65,2%. Multiparidade (ORa = 1,519), doença materna (ORa = 0,740), início tardio do prénatal (ORa = 0,436), parto em hospitais de operadoras de saúde (ORa = 0,633), aleitamento materno na primeira hora de vida (ORa = 1.951), baixo peso ao nascer (ORa = 0,311) e não ter permanecido em alojamento conjunto (ORa = 0,441) se mostraram associados ao aleitamento materno exclusivo. Conclusões: A prevalência de aleitamento materno na primeira hora de vida foi considerada boa, segundo parâmetros da OMS. Orientação pré-natal sobre sua importância, ter sido alvo do modelo assistencial Parto Adequado e contato pele-a-pele ao nascimento foram fatores de proteção para esse desfecho. A prevalência de aleitamento materno exclusivo durante a internação hospitalar foi elevada. A amamentação ao nascimento contribuiu para essa prática, enquanto a separação mãe-filho mostrou influência negativa