Índice tornozelo-braquial como preditor de mortalidade em hemodiálise: um estudo de coorte de 5 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Miguel, Jair Baptista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7961
Resumo: Introdução: Estudos têm mostrado que alteração do índice tornozelo-braquial (ITB) é um importante preditor da mortalidade em hemodiálise (HD). Entretanto, o período de acompanhamento dos pacientes foi relativamente curto, de menos de 2 anos. Objetivo: Avaliar o valor preditivo de um ITB alterado como fator de risco independente para óbito por qualquer causa em pacientes em HD de manutenção, após um período de acompanhamento de 5 anos. Métodos: Um total 478 pacientes em HD por pelo menos 12 meses foram incluídos no estudo. O ITB foi medido utilizando-se um esfigmomanômetro de coluna de mercúrio e um Doppler portátil. Os pacientes foram divididos em 3 grupos de acordo com o ITB (baixo: <0,9; normal: 0,9 a 1,3; e alto: >1,3) e foram acompanhados por um período de 60 meses. Resultados: A prevalência do ITB baixo, normal e alto foi de 26,8%, 64,6% e 8,6%, respectivamente. A sobrevida em 5 anos foi menor no grupo ITB baixo (44,1%, P<0,0001) e no grupo ITB alto (60,8%, P= 0,025) do que no grupo normal (71,7%). O modelo de regressão de Cox foi usado para avaliar a associação entre o ITB e risco mortalidade, ajustando para potenciais confundidores. Considerando ITB normal como referência, apenas ITB baixo se mostrou um fator de risco independente de mortalidade por todas as causas (HR 2,57; IC 95% 1,84-3,57). Conclusões: Os pacientes com ITB baixo e alto apresentaram taxas de sobrevida em longo prazo menores do que os pacientes com ITB normal. Entretanto, após os ajustes para os potenciais confundidores, apenas o ITB baixo persistiu como fator de risco independente para mortalidade por todas as causas entre os pacientes em hemodiálise