Citologia como método para o diagnóstico da candidíase oral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Padilha, Cátia Martins Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PAS
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27099
Resumo: Candidíase é uma doença com manifestações clínicas variadas, entretanto é grande a prevalência da Candida spp. em populações clinicamente saudáveis (sem sinais e sintomas). O isolamento destas leveduras da cavidade oral não está relacionado, necessariamente, com a ocorrência da candidíase. O diagnóstico da candidíase é habitualmente baseado na avaliação clínica junto à análise laboratorial. O exame citopatológico é uma forma rápida de executar a identificação da Candida spp. Diante dessas questões esse estudo testou a hipótese de que a citopatologia é um método mais eficiente que o método clínico para o diagnóstico da candidíase oral. Objetivos: selecionar requisições com dados clínicos e citopatológicos suficientes para compor os grupos de investigação e controle negativo, e descrever o perfil clínico dos pacientes integrantes da pesquisa. Descrever os aspectos citopatológicos identificáveis nas lâminas coradas pelo método de Papanicolaou, bem como determinar a sensibilidade e especificidade deste método de coloração na identificação da Candida spp. (PAS padrão ouro). Conceituar candidíase oral, com base nas avaliações clínica e citopatológica (métodos de Papanicolaou e PAS) propostas na pesquisa. Propor uma nova definição de colonização por Candida spp. na boca. Material e Métodos: trata-se de estudo analítico descritivo. A amostra foi constituída por 1000 lâminas de 451 pacientes, dividida em 5 grupos: quatro de estudo e um grupo controle. Os grupos de estudo foram subdivididos quanto às características clínicas da candidíase e referência de soropositividade para o HIV. Cada grupo de estudo e controle foi constituído por 100 requisições, com 200 lâminas cada, uma corada pelo método de Papanicolaou e a outra pelo PAS, quando possível, foram pareados de acordo com a faixa etária e o sexo. A região de preferência da coleta foi a língua por ser considerada principal reservatório de Candida spp., seguida pela mucosa oral e palato. Resultados: a avaliação citopatológica das 400 lâminas que compõe os grupos de estudo, segundo o método de Papanicolaou, revelou 23% de candidíase. Este percentual aumentou para 47% quando a avaliação foi feita pelo método do PAS. No grupo de imunocompetentes, a candidíase foi diagnosticada em 40% das lâminas e no grupo de HIV+ o percentual aumentou para 54%. A análise dos grupos com características clínica de candidíase revelou positividade para Candida spp. (PAS) em 62% das lâminas. Nos grupos sem aspecto clínico de candidíase, a presença de Candida spp. ocorreu em 32% das lâminas. Conclusão: a candidíase oral é predominante em indivíduos adultos com idade entre 40 a 59 anos, não havendo prevalência da doença em relação ao sexo. Na análise citopatológica, a presença de halo perinuclear e de células ceratinizadas dobradas agrupadas e sobrepostas pode ser um indicador da presença de candidíase e, a hifa é a estrutura morfológica mais prevalente nos casos com candidíase. Os resultados deste estudo demonstraram que a citopatologia é um método mais eficiente que o método clínico para o diagnóstico da candidíase oral.