Contribuição da citopatologia na rotina investigativa de pacientes de risco para o carcinoma oral e no diagnóstico da candidíase oral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Licinio Esmeraldo da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11710
Resumo: Introdução: O exame citopatológico é uma ferramenta diagnóstica auxiliar confiável na identificação de lesões pré-malignas e do carcinoma de células escamosas oral, para imediato encaminhamento e tratamento dos pacientes. A confiança no método tem sido crescente e as indicações para sua utilização referem-se à identificação das lesões malignas ou com potencial de malignidade, auxílio à decisão da escolha da melhor área de biópsia e ao monitoramento dos pacientes, à identificação da candidíase oral e do efeito citopático do vírus Epstein-Barr, além da confirmação de outros tipos de lesões da mucosa bucal. O método diagnóstico é universalmente utilizado com sucesso, embora para o estudo e diagnóstico das lesões orais apresente pouca adesão na rotina do clínico e do estomatologista. Nos últimos tempos alguns autores conseguiram romper a barreira de resistência de sua utilização na boca e conseguiram divulgar estudos e resultados na literatura internacional. Objetivos: Demonstrar que a Citopatologia é um método importante na rotina investigativa de pacientes de risco para o carcinoma oral e mais eficiente do que o método clínico no diagnóstico da candidíase oral. Material e Métodos: Bancos de dados de estudos anteriores propiciaram uma amostra de 195 registros de pacientes de risco para carcinoma de boca e 500 registros de pacientes imunocomprometidos e imunocompetentes em estudo sobre diagnóstico de candidíase oral. A análise documental sobre os registros focalizou a capacidade de impacto positivo da citopatologia no processo investigativo do carcinoma de boca e da candidíase oral e métodos quantitativos buscaram relações matemáticas e estatísticas que sustentassem o alcance dos objetivos. Resultados: Nos pacientes de risco para carcinoma de boca, a citopatologia identificou 32% de casos de candidíase (dezesseis vezes mais casos que o exame clínico), 10% de casos apresentando malignidade (displasias epiteliais e carcinomas), 54% de pacientes clinicamente normais com alguma anormalidade (dentre elas, 5% de displasias epiteliais e 32% de candidíase) e 83% de informação adicional relevante (displasias, candidíases e normalidade) associadas às lesões malignas clinicamente diagnosticas, além de ter 70% dos casos de displasias e todos os de carcinoma confirmados pela histopatologia. No estudo da candidíase oral em pacientes imunocompetentes e imunocomprometidos, o método de Papanicolaou combinado com o método PAS possibilitou a correção de 35% de todos os diagnósticos clínicos (54% dos imunocomprometidos e 40% dos imunocompetentes). Considerando o crescimento da taxa de mortalidade por 100 mil habitantes na última década, a citopatologia mostra características (baixo custo, pouco incômodo aos pacientes, dentre outras) de método que, se introduzido como rotina ambulatorial, apresenta potencial para mitigar a morbidade e mortalidade por câncer de boca, funcionando a médio e longo prazos como eficiente método de rastreio diferente das abordagens convencionais. Conclusões: Os resultados mostram a natureza diagnóstica diferencial do método citopatológico em relação ao método clínico e o ganho de informação adicional em relação aos diagnósticos clínicos na investigação do câncer oral em pacientes de risco para carcinoma de boca, particularmente na identificação de lesões epiteliais displásicas. Na avaliação da presença de candidíase, os resultados mostram superioridade diagnóstica da avaliação citopatológica em relação à avaliação clínica