Avaliação da mucosa bucal através do exame clínico na identificação da candidíase

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Freire, Nathália de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12278
http://dx.doi.org/10.22409/PPGMPT.2019.m.11103953702
Resumo: Introdução: A candidíase é uma das infecções fúngicas mais frequentes na boca, sendo causada por fungos do gênero Candida (Candida spp.) com manifestações clínicas variadas. É encontrada na cavidade oral de mais da metade da população assintomática, em geral como um organismo comensal. O diagnóstico pode ser obtido através do exame físico da mucosa bucal e confirmado através do exame citopatológico, cultura ou biópsia. Existem poucos trabalhos que avaliam a mucosa oral clinicamente para candidíase e comprovem a presença ou não da doença através de exames citopatológicos. Objetivo Geral: Avaliar pacientes com lesões clínicas compatíveis com o diagnóstico de candidíase oral, mas com exame citopatológico que não confirme a mesma e pacientes com exame clínico oral não compatível com candidíase, mas com exame citopatológico com o diagnóstico de candidíase. Objetivos Específicos:Descrever o perfil demográfico e clínico da amostra. Verificar se existe correlação entre os achados do exame clínico sugestivos de candidíase com os resultados dos exames citopatológico. Material e Métodos: Foram selecionados 99 participantes e todos foram submetidos a anamnese, exame físico intra-oral, registro fotográfico e coleta de material para avaliação citopatológica, como procedimentos da rotina do atendimento estomatológico do Ambulatório de Diagnóstico Oral do HUAP/UFF. Resultados: Foram analisados 99 pacientes, 8(78,8%) do gênero feminino e 45(45,5%) com cor da pele branca. A idade variou de 21 a 88 anos, sendo a média de 62,7. A maioria não era tabagista e nem etilista. Desses, 61 (61,6%) tinham o diagnóstico clínico de candidíase, constituindo o grupo com Candidíase Clínica (CC) e 38 (38,4%) constituindo o grupo Sem Candidíase Clínica (SCC). Os pacientes do grupo CC apresentaram o padrão eritematoso(48 - 78,7%) mais comumente, a grande maioria utilizava prótese superior total (54%) e as localizações mais frequentes das lesões foram língua e palato (38-62,3%). A partir da análise dos resultados dos exames citopatológico, pode-se observar candidíase em 43/61(70,5%) no grupo CC, e em 10/38(28,9%) no grupo SCC. Foi observada a ausência de candidíase no exame citopatológico em 18/61 (29,5%) no grupo CC e em 28/38 (71,1%) no grupo SCC. Ao comparar os resultados, houve concordância diagnóstica em 43 pacientes, constituindo o grupo CC Ci (Candidíase clinica e na citopatologia), assim como, em 28 participantes no grupo SCC SCi (sem candidíase clínica e na citopatologia). Os 18 participantes com diagnóstico clínico de candidíase e sem candidíase no exame citopatológico foram identificados como CC SCi, e os 10 participantes sem candidíase clínica e com candidíase na citopatologia foram identificados como SCC Ci. Dessa forma, os pacientes com diagnósticos discordantes foram reavaliados clínicamente e na citopatologia, os casos identificados como CC SCi, foram diagnosticados como estomatite protética sem a presença de candidíase. Enquanto que os casos SCC Ci, foram diagnosticados como candidíase subclínica. Conclusão: Houve uma concordância na maioria dos casos, entre os achados clínicos de candidíase e os resultados citopatológicos, porém os casos discordantes evidenciaram a menor sensibilidade do exame clínico em relação ao exame citopatológico