Formação de professores em tempos neoliberais: Crítica ao Parfor enquanto política de resiliência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Coelho, Higson Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15863
Resumo: Este estudo doutoral está circunscrito à linha “Trabalho e Educação” da Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense. Objetiva analisar as Políticas de Formação de Professores, com ênfase no Plano Nacional de Formação de Professores da educação básica (PARFOR), frente à suposta escassez de mão de obra docente, que identifica a necessidade de (con)formar o professor enquanto um sujeito resiliente e intelectual orgânico da pedagogia da hegemonia que está submetido à nova razão de mundo, a razão neoliberal. Para a reflexão metodológica, adota o materialismo histórico e dialético enquanto método de análise, postura política e concepção de homem e sociedade, visto que, tais incursões estão associadas diretamente à crítica ao modo do tratamento do real, especificamente, no modo de produção capitalista. Os resultados do estudo evidenciam os nexos e as determinações entre as atuais políticas de formação de professores, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e os novos aparelhos de hegemonia do capital Todos pela Educação, “nova” CAPES e Fórum permanente da formação de professores – em tempos neoliberais. Com esses resultados, compreende-se, também, o Parfor enquanto uma política de resiliência que se transfigura no amoldamento da formação e da força de trabalho docente nesse contexto de crise generalizada e de responsabilização dos professores pelo fracasso escolar e pelo fraco desempenho econômico do país. O estudo constata, ainda, que o Parfor impulsiona à precarização e à intensificação do trabalho docente através da tendência à “Uberização docente”. E conclui que as políticas de formação de professores estão submetidas à racionalidade neoliberal e visam à formação de professores resilientes, através do processo de certificação em massa, por meio de programas emergenciais. A formação de professores resilientes é necessária para a obtenção do consenso ativo das classes subalternas e da manutenção da hegemonia neoliberal.