Alterações cefalométricas em pacientes classe II (Angle) decorrentes do uso de aparelho extraoral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rosa, Andreson Jaña
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13862
Resumo: O objetivo desse estudo foi avaliar as alterações esqueléticas e dentárias decorrentes do uso do aparelho extraoral (AEO) no tratamento de pacientes com maloclusão de Classe II de Angle. Foram realizados dois estudos com diferentes métodos: 1) Estudo prospectivo para comparação das diferenças entre o início e imediatamente após o término da terapia com AEO. Os indivíduos do grupo experimental (n=22) utilizaram exclusivamente a ancoragem cervical durante a fase de crescimento e foram comparados com outro grupo de indivíduos (n=23) não tratados. O tipo de maloclusão, tempo de observação e idade cronológica foram compatíveis. As variáveis cefalométricas avaliadas foram: ANB, GoGn.SN, AO-BO, S’-ENA, S’-A, S’-B, S’-Pog, S’-U6 (primeiro molar superior) e S’-CR. Os testes Shapiro-Wilk e Levene foram utilizados para avaliar as condições de normalidade e homogeneidade das amostras, e os resultados analisados através do teste de Mann-Whitney. 2) Estudo retrospectivo das alterações esqueléticas em pacientes tratados na Clínica de Pós-Graduação em Ortodontia da Universidade Federal Fluminense (UFF) com AEO associado ao aparelho fixo, no período compreendido entre 1996 a 2018. As informações coletadas das fichas de tratamento deram origem a dois grupos, de acordo com o tipo de ancoragem utilizada: cervical (n=33) ou parietal (n=28). As variáveis cefalométricas avaliadas foram: SNA, SNB, ANB, AO-BO, GoGn.SN e AFI (porcentagem da altura facial inferior em relação à altura facial total). O teste de Shapiro-Wilk foi aplicado aos valores iniciais e finais das variáveis em cada grupo, e os resultados avaliados através dos testes t pareado e Wilcoxon. No primeiro estudo, o grupo que utilizou exclusivamente AEO cervical, ao ser comparado ao grupo controle, apresentou diferenças significantes para as variáveis ANB, S’-U6, AO-BO, S’-ENA, S’-A, S’-B e S’-Pog, entre os momentos inicial e final. O ângulo GoGn.SN não teve alteração significante. O segundo estudo constatou diminuição significante para a variável ANB ao utilizar AEO cervical ou parietal; sem modificação significante no ângulo GoGn.SN. A variável SNB apresentou aumento significante quando se utilizou ancoragem cervical ou parietal. A diminuição da medida AO-BO foi significante apenas com o uso do AEO cervical. As modificações das variáveis SNA e AFI não foram significantes nos dois grupos. Mediante os resultados expostos, pode-se concluir que o uso do AEO, com ancoragem cervical ou parietal, promoveu a redução da discrepância maxilomandibular, contribuindo para a correção da maloclusão de Classe II. Essa alteração foi resultante da contenção do deslocamento anterior da maxila e/ou do deslocamento para frente da mandíbula. No entanto, ambas as ancoragens não alteraram a inclinação do plano mandibular ou a altura facial do terço inferior da face. O AEO cervical promoveu ainda o movimento distal dos primeiros molares superiores.