Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lucas, Maíra Gonçalves de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/27784
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Resumo: |
Introdução: Aproximadamente 280 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão. No Brasil, a depressão pode estar afetando cerca de 11,5 milhões de pessoas (5,8% da população). A depressão na gestação se refere à doença que ocorre durante o período gestacional. A doença está associada a um aumento de desfechos obstétricos desfavoráveis, e acima de tudo, com o comprometimento das relações afetivas entre a mãe, seu bebê e familiares. Apesar de sua importância para a saúde pública, estudos de prevalência de âmbito nacional são escassos. Objetivos: O objetivo geral foi analisar os aspectos relacionados à saúde mental de gestantes no Brasil captados pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2019. Os objetivos específicos foram; (i) estimar a prevalência de diagnóstico (médico) prévio de depressão reportado por gestantes; (ii) estimar a prevalência de depressão na gestação captada pelo Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9); (iii) estimar a prevalência de outras doenças mentais, previamente diagnosticadas em mulheres grávidas. Métodos: Estudo descritivo que buscou responder à pergunta “qual é a prevalência de depressão na gestação no Brasil?”. Os dados são agregados, derivados da PNS-2019. Foram acessados de modo a produzir estimativas para a população alvo de mulheres gestantes de 18 a 49 anos, considerando o subconjunto que confirmou a condição de estar grávida, no momento da coleta de dados da PNS. Após excluir as gestantes que referiram ter previamente recebido, de algum médico, o diagnóstico de depressão, a prevalência de transtorno depressivo foi mensurada usando os dados coletados com o uso da escala PHQ-9. As prevalências foram estimadas com seus intervalos de confiança (IC) de 95%. Resultados: A prevalência de diagnóstico médico, prévio, de depressão foi de 6,03% (IC 95%: 3,80%; 8,25%). A prevalência de diagnóstico de outra doença mental diferente de depressão foi de 5,17% (IC 95%: 2,78%; 7,56%). Excluindo as entrevistadas que reportaram ter recebido o diagnóstico médico prévio de depressão, a prevalência estimada de depressão apenas no período gestacional, para a população alvo foi de 14,34% (IC95%: 9,89%; 18,79%), usando a escala contínua; 10,49%(IC96%: 6,69%; 14,29%) usando o algoritmo de 5 itens; e 14,66%(IC95%: 10,42%; 19,09%) aplicando apenas dois itens selecionados do PHQ-9. Conclusões: A depressão na gestação mensurada com dados da PNS-2019 apresentou alta prevalência, atingindo, em torno de 15% das mulheres grávidas no Brasil. Considerando a magnitude e a repercussão que os transtornos depressivos impõem sobre as condições de vida e de saúde da gestante e de seu bebê, torna-se oportuno cogitar a implementação de iniciativas de rastreamento regularmente ofertadas durante o pré-natal, no Brasil. |