Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Maluf, Adriana Penatti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/38143
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Resumo: |
Este trabalho é um recorte de um caminho investigativo que permanece em aberto. O objetivo primeiro da pesquisa-intervenção cartográfica foi o de encontrar modos de transmissão possíveis de experiências com práticas através do corpo e seus saberes, sustentando-as enquanto fundamentais ao trabalho do trabalhador social de saúde. Destacamos a indissociabilidade entre formação e cuidado como um achado importante que se apresentou tanto na realização do inventário de meus percursos quanto nas entrevistas e oficinas realizadas com profissionais de saúde mental. Nos orientamos pelo campo da dança e suas articulações, um campo de produção de saberes e práticas sensíveis e vibráteis. Ensaiamos a criação de registros para os duros atravessamentos aos quais os trabalhadores sociais da saúde mental estão submetidos e, ao mesmo tempo, registramos as possibilidades inventivas que nós, trabalhadores sociais, encontramos na produção de cuidado, de nós e de outros. Assim, investigamos, nos apoiando na Análise Institucional, na Filosofia da Diferença em seus múltiplos atravessamentos, nas formulações da Educação Somática, da Dança e também nos saberes da experiência implicada de trabalhadora social, junto a meus pares, as articulações entre corpo, política, saúde e trabalho a partir da construção de noções acerca dos temas da formação profissional e da produção de cuidado com atenção à necessidade de apreensão destes conceitos de forma ampliada. A pesquisa investe na análise dos processos disparados por uma proposta de formação e cuidado com trabalhadores sociais da saúde mental apresentada como uma composição de ferramentas propostas pela dança e pela Educação Somática em diálogo com as concepções de produção de saúde, de cuidado e de militância. Através da operação de um corpo como dispositivo nos é possível promover desvios das estratégias de submissão do capitalismo neoliberal contemporâneo. Construímos curvas, como numa dança, em alguns eixos duros e consolidados do Sistema Único de Saúde a fim de sustentarmos outras entradas possíveis para as políticas e práticas públicas, a formação permanente e o trabalho em saúde, apostando naquilo que o campo da experiência pode nos mostrar. Afirmamos um corpo vibrátil, composto por saberes implícitos que advêm 11 na experiência do momento presente, consistindo em uma fronteira que nos permite encontros. Dos encontros produzem-se efeitos, efeitos de saber-do-corpo, que podem engendrar processos subjetivos potentes, nos colocando em movimento de criação e recriação. Fazemos uma análise acerca das possíveis aproximações em curva das formulações de Paulo Freire com as práticas de conscientização do movimento de Angel Vianna e o Movimento Autêntico de Janet Adler para afirmar o formar para o cuidado como arte de vida, formas de vida. As práticas corporais são formas de abarcar a dimensão micropolítica de resistência, as quais, apostamos, advêm da escuta do saber do corpo. Indicamos uma formação permanente sensível, onde arte, clínica, política, práticas de saúde e de formação se articulam como força de experimentação de um espaço-tempo outro no processo de trabalho, como um acontecimento intensivo. |