Desenvolvimento e estudo de estabilidade de preparações com papaína para debridamento de feridas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Duarte, Letícia de Souza Guimarães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3041
Resumo: A papaína, que corresponde a um complexo de enzimas extraídas do vegetal Carica papaya L., tem sido utilizada pela sua propriedade proteolítica em desbridamento enzimático de feridas. Diversos estudos descrevem o uso da papaína na forma de pó, solução, gel e creme sobre feridas, porém a baixa estabilidade da enzima nesses meios limita sua utilização em larga escala. O objetivo principal do trabalho consiste em desenvolver e avaliar formulações de papaína 10%(p/p) em gel carbômero, contendo antioxidantes como acetato de alfa-tocoferol e metabissulfito de sódio, associados a outros adjuvantes que permitam melhor estabilidade da enzima. As formulações iniciais para o estudo foram planejadas segundo desenho experimental fatorial 23, sendo as variáveis independentes representadas pelas concentrações de cisteína, de polissorbato 80 e de antioxidante (acetato de alfa-tocoferol ou metabissulfito de sódio). As amostras, mantidas sob refrigeração (5°C ± 3) por 7 dias, foram submetidas a ensaios de espectrofluorimetria para avaliação da atividade enzimática. Os resultados iniciais revelaram que as amostras que continham metabissulfito de sódio associado às maiores concentrações de polissorbato 80, apresentaram as melhores condições para manutenção da atividade proteolítica, enquanto que as amostras contendo alfa-tocoferol não foram capazes de manter a atividade. Sendo assim, realizou-se estudo de estabilidade com preparações contendo concentrações fixas de papaína 10% (p/p), polissorbato 80 2,0% (p/p), com variações nas concentrações de cisteína de 0,10, 0,13 e 0,16% (p/p) e metabissulfito de sódio de 0,50, 0,75 e 1,00% (p/p). Durante o período estudado, as amostras apresentaram aspecto homogêneo, sem mudanças na coloração e no odor. Na avaliação de pH não houve variação significativa dos valores (p>0,05). A variação de potencial Zeta foi menor que ǀ10ǀmV, não havendo diferença estatisticamente significativa em função do tempo (p>0,05). A partir dos resultados obtidos, novo desenho fatorial 23 foi traçado considerando como variáveis independentes: o tempo, as concentrações de metabissulfito e de cisteína. A presença de metabissulfito 0,5% ou 1,0% (p/p) associado a cisteína 0,16%(p/p) e polissorbato 80 2,0% (p/p), proporcionaram os menores valores de decaimento na concentração de papaína ativa nas formulações testadas por 28 dias