Desenvolvimento farmacotécnico e estudo de estabilidade de géis de papaína destinados ao tratamento de feridas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Miura, Daniele Yuri
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Gel
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3219
Resumo: A papaína é uma enzima proteolítica, extraída do látex da espécie Carica papaya Linne. Ela é utilizada no tratamento tópico de feridas como agente desbridante, podendo ser aplicada em concentrações de 2 a 10%, dependendo da fase do processo de cicatrização. Porém, sua baixa estabilidade é um fator limitante para aplicação em formulações. O presente estudo analisou a influência dos adjuvantes técnicos EDTA dissódico, cloridrato de cisteína e propilenoglicol no aumento da atividade proteolítica de géis de Carbopol® 940 contendo papaína a 2 e a 4% (p/p). No estudo de formulação dos géis, as formulações foram definidas por um desenho fatorial 33 e o efeito dos adjuvantes foi avaliado através de um estudo de superfície de resposta. Para cada concentração de papaína, foram selecionadas duas formulações para o estudo de estabilidade acelerada: a formulação com melhor resultado de atividade proteolítica e aquela sem adição de adjuvantes. O estudo de estabilidade acelerada foi realizado por sessenta dias a 5ºC ± 2ºC, 26ºC ± 2ºC e 45ºC ± 2ºC. As quatro formulações apresentaram grande perda de atividade enzimática durante o tempo do estudo, mesmo aquelas armazenadas a 5ºC ± 2ºC. Contudo, o armazenamento em temperaturas mais altas intensificou a perda de atividade. Para os géis de papaína a 2%, o uso de adjuvantes não foi eficiente na manutenção da atividade proteolítica. Já para os géis de papaína a 4%, houve um intenso aumento na atividade com o uso de adjuvantes, porém este efeito não foi mantido durante o tempo. Apesar destes resultados, o estudo indicou a possibilidade de aprimoramento das formulações de gel de papaína com o uso de adjuvantes técnicos, podendo gerar uma melhora no desempenho da atividade proteolítica dos produtos