Reconstrução paleohidrológica do Lago Santa Ninha, Várzea de Curai, Pará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Moreira, Luciane Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3917
Resumo: A Bacia Amazônica é acompanhada, ao longo do curso dos seus rios, por planícies de inundação. Sabe-se que estas regiões apresentam um grande potencial no armazenamento de matéria orgânica, que por sua vez, reservam importantes informações sobre mudanças climáticas ocorridas no passado. O conhecimento destas alterações pretéritas permite o entendimento de como os ecossistemas podem reagir a futuras mudanças no clima. Tendo em vista estas características, o objetivo deste estudo é reconstruir as mudanças pal eoambientais e paleohidrológicas do Lago Santa Ninha, na Várzea do Lago Grande de Curuai, localizada na margem direita do Rio Amazonas, à apr oximadamente 850 km da foz. Foram analisados dois testemunhos, denominados como TA12 e TA14 que apresentam, respectivamente, 2,10 e 2,70cm de compr imento. A determinação do teor de água, densidade aparente, granulometria e m ineralogia permitiram reconstruir a hidrodinâmica da região. A análise da composição da matéria orgânica, através da concentração de carbono e nitrogênio e d os isótopos estáveis δ 13 C e δ 15 N indicaram as alterações na vegetação e as dataçõe s por carbono 14 revelaram que o testemunho TA14 apresenta 5700 anos cal AP. E ste estudo colocou em evidencia diferentes ambientes sedimentares: na bas e do testemunho até 5000 anos cal AP temos uma vegetação inundada que foi gr adualmente substituída por bancos de gramíneas e por uma planície com secas sa zonais em 4000 anos cal AP até alcançar, desde 700 anos AP as condições atuais deste lago. Essas mudanças são interpretadas como a resposta a um aumento do n ível da água do rio durante as enchentes, que por sua vez são conseqüências de alt erações climáticas ocorridas na região