A saúde no BRICS: temas e prioridades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cunha, Thiago Defanti Werneck
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23515
Resumo: Entre 2006 e 2016, num contexto de ruptura de padrões do sistema internacional de forças e de reformulação dos paradigmas vigentes nas relações entre as nações e seus interesses, alguns países têm despontado não apenas como postulantes à vanguarda e emergência em termos de desenvolvimento econômico como também se colocado em posição destacada em diversas matérias de interesse global. Modificações constantes na conformação geopolítica mundial apresentam um cenário cada vez mais multipolar. O multilateralismo segue sendo defendido pelos países em desenvolvimento e permitindo que países como o Brasil não sejam espectadores das transformações mundiais, dado o potencial apresentado em importantes e estratégicos segmentos. Além do Brasil, é possível elencar outros países. A Rússia, a Índia, a China e a África do Sul são claros exemplos desse contexto. Nessa continuidade, a formação de blocos agrupando nações com interesses comuns e/ou complementares constitui um instrumento multilateral significativo, contrariando práticas hegemônicas. O BRICS constitui-se como uma concertação de significativa relevância geopolítica e econômica. Até 2016, o grupo vinha, aos poucos, promovendo interação e alavancando ações, sendo essas capazes de gerar desenvolvimento aos próprios e a outros países do Sul Global. Em matéria de saúde, tais países já se reuniram em diversas oportunidades e estão delineando canais e formas de cooperação. Neste trabalho, valendo-se da perspectiva brasileira e de sua política externa, será possível observar melhor como o BRICS tem empreendido e cooperado em matéria de saúde e se ações concretas vem sendo implementadas. Do ponto de vista teórico-metodológico, a modalidade escolhida debruçou-se na pesquisa bibliográfica e na análise de textos e documentos políticos oficiais e fundamentou-se em trabalhos acadêmicos da área de políticas sociais, saúde, relações internacionais, direito e economia. Os resultados mais perceptíveis verificados por este estudo relacionam-se ao aumento das ações de cooperação Sul-Sul empreendidas pelo BRICS, à recorrência de certos temas na área da saúde e sua priorização por parte dos países da concertação tais como as doenças não transmissíveis, as doenças transmissíveis e os determinantes sociais da saúde. Ainda além, observou-se a tentativa do BRICS de enquadrar o desenvolvimento de ações da área da saúde atreladas aos Objetivos do Milênio e aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Nesse sentido, os avanços concretos podem ser maiores, embora já tenham ocorrido, em certa maneira.