Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Augusto, Éverton Faccini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11643
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Resumo: |
O câncer de colo do útero é um importante problema de saúde pública no mundo. O principal fator de risco para o desenvolvimento deste tipo de câncer é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV). O exame de Papanicolaou é a estratégia primária utilizada em programas de rastreamento para o controle desta neoplasia. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência e os tipos de HPV genitais em uma população feminina atendida pelo Programa Médico de Família em Niterói. Os fatores que contribuíram para não adesão ao protocolo estabelecido pelo Ministério de Saúde para realização do exame de Papanicolaou foram também investigados. Em um estudo transversal, foram analisados 351 esfregaços cervicais de mulheres atendidas por este Programa. A detecção e genotipagem de HPV foram realizadas pelas técnicas de reação em cadeia da polimerase (PCR) e polimorfismo do comprimento do fragmento de restrição (RFLP). Cada participante respondeu a um questionário pré-estruturado para obtenção dos dados sociodemograficos e de comportamento. O programa estatístico SPSS versão 17 foi utilizado para realização das análises univariadas (teste qui-quadrado) e de regressão logística. Dentre as mulheres que participaram do estudo, 282 (80,3%) encontravam-se dentro do período indicado pelo Ministério da Saúde, isto é, intervalos de no máximo 3 anos entre cada exame de Papanicolaou. Os resultados citológicos encontrados foram: normal (96,3%), ASCUS (1,5%), LSIL (0,9%) e HSIL (0,3%). As variáveis significantemente associadas à falta de adesão ao programa foram: falta de escolaridade e ausência prévia de DST. Mulheres que apresentavam falhas na realização do teste tinham aproximadamente 13 vezes mais chance (OR =12,83; IC =1,31–125,34; p=0,016) de ter alterações citológicas (ASCUS, LSIL e HSIL). Entre os motivos alegados para não realização do exame de Papanicolaou em períodos regulares destaca-se: constrangimento, falta de tempo devido ao trabalho e filhos, desinformação, falta de sintomas e medo do exame. A prevalência de HPV foi de 8,8% sendo encontrados 21 tipos diferentes( 10 de alto risco e 11 de baixo risco). Mulheres com parceiro não estável tinham maior probabilidade de adquirir a infecção por HPV (OR=2,67; IC=1,16-6,14; p=0,020). Tipos de HPV de alto risco foram estatisticamente associados às alterações citológicas (OR=9,97; IC=2,07-47,85; p=0,004). Nesta população, onde a cobertura do exame de Papanicolaou foi considerada satisfatória, este exame mostrou ser eficiente para o controle do câncer de colo do útero. A diversidade de tipos de HPV encontrados nesta população sugere que as vacinas profiláticas contra os HPV existentes no momento possam ser apenas uma ferramenta auxiliar na prevenção e controle desta doença |