Alcances e limites do exame citopatológico com coloração do Papanicolaou no disgnóstico das cérvico-vaginites: um estudo citológico e microbiológico de 2169 casos de um total de 10.064 exames citopatológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: do Perpetuo Socorro Silva, Maria
Orientador(a): do Carmo Carvalho de Abreu-e-Lima, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9018
Resumo: O impacto do exame citológico cérvico-vaginal de Papanicolaou na redução das taxas de carcinoma escamocelular invasor obscureceu o papel desse exame no diagnóstico das cervico-vaginites, com reflexos sobre o Sistema Bethesia (TBS). Os aperfeiçoamentos do TBS no terreno das lesões infra-epiteliais escamosas não foram alcançados no que diz respeito as infecções, apesar dos avanços da pesquisa microbiológica. A autora estudou, a partir de uma amostra de 10.064 exames citopatológicos, dos quais 86% apresentavam inflamação (12,34% leve, 66,22% moderada e 7,44% intensa0. 2169 casos em que foram solicitados exames microbiológicos a critério clínico. O exame microbiológico, representado pela cultura em 94,85% dos casos, revelou freqüência relativa semelhante entre os três tipos de floras mais encontradas no exame citopatológico e microbiológico (p 0,001), as de Lactobacillus sp, Cândida sp., Gardnerella vaginalis, esta última diagnosticada pela ocorrência de célula-guia. Confirmou-se a possibilidade de diagnóstico pelo método de Papanicolaou, dos Lactobacillus sp., Cândida SP., Leptotnix vaginalis, Trichomonas vaginalis. O diagnóstico de Gardnerella vaginalis é seguro, quando se identifica a célula guia. São ainda diagnosticáveis o Actinomyces spp. Chlamydia trachomatis, streptococus sp, e provavelmente, Mobiluncus spp. Confirmamos que a codificação das floras F1 a F11 não deve ser utilizada. Como conseqüência do estudo, propomos as seguintes modificações no sub-item ?infecções? do TBS, em relação as especificações dos microorganismos. 1) Manutenção do item Lactobacillus sp 2) Substituição de ?Alteração da flora vaginal compatível com vaginose? por ?Gardnerella vaginalis com presença de célula-guia. 3) Inclusão do tópico ?Alteração da flora a esclarecer com exame microbiológico?. Esta última observação permitirá ao citopatologista, comunicar ao clínico, a necessidade de investigar os casos suspeitos de infecção ao exame citológico