Da opressão de gênero à resistência cotidiana: as práticas das marisqueiras de Jurujuba e as repercussões em sua territorialidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Larissa Benkendorf de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33829
Resumo: Durante boa parte da história da Geografia, tanto as mulheres quanto o debate de gênero e sexualidade passaram ao largo de suas diversas correntes. Razão essa decorrente de uma sociedade estruturada em valores patriarcal, classista, racial/étnico, originário de nossa colonização europeia e de sua continuidade dado pela colonialidade e seus instrumentos de controle e opressão. Em vista desse quadro de ausências de determinados grupos sociais e suas realidades e constatado o caráter político-ideológico dessa ausência na ciência geográfica, a presente dissertação debruça-se sobre o estudo das relações de gênero, com o intuito de contribuir para o entendimento de que essas se constituem enquanto territorialidades, em um processo dialético de ressignificações. Por conta disso, a pesquisa busca compreender o modo como territórios e territorialidades de mulheres marisqueiras da Comunidade Pesqueira de Jurujuba, Niterói, são constituídos a partir da sua cotidianidade. Uma vez que em nossa sociedade ocidentalizada há uma subalternização das mulheres em relação aos homens, a constituição dessas territorialidades não vai escapar a essa desigualdade e hierarquia de gênero. Assim, através dessas territorialidades e territórios se fortalece a opressão às mulheres. Todavia, nas práticas cotidianas das mulheres marisqueiras pode-se observar não apenas a repetição e manutenção dessas desigualdades, mas também a transgressão das hierarquias de gênero e das próprias funções/papéis de gênero atribuídos distintamente para homens e mulheres. É por isso que, na constituição dos territórios, que estão sempre em devir, as lutas de resistência e por reconhecimento, permitem a constituição de territórios menos opressores. Portanto, voltaremos nossa análise também à identificação dessas práticas transgressoras/de resistência.