Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Isabeliza Maria do Espírito Santo Rangel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/28773
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Resumo: |
A paracoccidioidomicose é uma micose profunda causada pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis, limitada a países da América Latina, ocorrendo principalmente no Brasil, Venezuela, Colômbia e Argentina. Acredita-se que aproximadamente 10 milhões de pessoas estejam infectadas, sendo, a oitava causa mais comum de morte por infecção crônica e estima-se que 2% poderão desenvolver a doença nos próximos anos. No tratamento da doença, os antifúngicos sulfonamidas, polienos e azóis podem ser usados. Embora a resposta clínica a esses agentes terapêuticos seja satisfatória, é necessário um longo período de tratamento, pela toxicidade do medicamento, pelo custo do tratamento, pelas elevadas taxas de incompatibilidade com a terapia e pelo abandono do tratamento. Atualmente a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical sugere os triazóis como a melhor alternativa para a terapia de primeira linha do tratamento da paracoccidioidoimicose, considerando suas limitações. O melhoramento estrutural dos fármacos já existentes, levando em conta as várias alternativas como a simplificação molecular tem sido uma boa estratégia para melhorar a potência de fármacos. Desta forma, torna-se relevante a necessidade de pesquisa e desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas antifúngicas. Com isso avaliamos o potencial de novos derivados 1,2,4 triazóis sobre leveduras de P.brasiliensis in vitro e a toxicidade aguda de dose única em camundongos BALB/c. A análise in vitro da concentração efetiva sobre leveduras de P. brasiliensis mostrou que foram necessárias concentrações muito baixas dos derivados testados para inviabilizar o fungo. Entretanto, dos 13 derivados, 5 obtiveram índices de seletividade promissores, indicando um potencial citotóxico dos demais. Os experimentos in vivo visaram analisar a toxicidade aguda de dose única em camundongos BALB/c que receberam 1mg/kg dos derivados selecionados no dia 0 e após 72H foi verificada a leucometria e a contagem de células da medula óssea, não demonstrando nenhuma diferença com os controles negativos salina e DMSO. A análise fenotípica da população de células GR-1+ também indicou que não houve influência da administração dos derivados na população da linhagem granulocítica na medula óssea. Da mesma forma, não observamos alterações no ciclo celular e apoptose nas células medulares de animais que receberam dose única dos novos derivados triazólicos. Podemos concluir que os novos derivados triazóis são moléculas promissoras para o tratamento terapêutico da Paracoccidioidomicose uma vez que apresentou baixas concentrações efetivas diante de leveduras e não demonstrou toxicidade nos experimentos in vivo. |