A questão do apartamento socioterritorial no acesso à arte e à cultura: o caso da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Coimbra, João Paulo Brasil
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26710
http: //dx.doi.org/10.22409/PPGAU.2021.m.03350570712
Resumo: Esta pesquisa stricto sensu tem a finalidade de sustentar a crítica de que mediante o modelo de sociedade definido pela hierarquia de classes, sob a égide do sistema capitalista, o seu principal retrato no cenário urbano é o desenvolvimento desigual nas metrópoles, considerando aqui o panorama contemporâneo. Na perspectiva do paradigma do conflito entre as classes sociais, observa-se cotidianamente uma série de desigualdades e de prejuízos sociais que recaem sobre a classe subalterna. Do outro lado, a classe dominante, além de integrar a maior parte da responsabilidade por tais desigualdades e por tais prejuízos, transmite as suas iniciativas para a classe subalterna. A classe trabalhadora, convive diariamente com uma série de insatisfações que impactam diretamente em suas necessidades básicas e em sua qualidade de vida. Além disto, considerando a mesma subalternidade que recai sobre esta parcela da sociedade, que é desprovida de recursos econômicos e materiais, a condição das práticas artísticas e culturais nas grandes cidades apresenta uma conformação desigual mediante fatores socioeconômicos e socioculturais, onde a cultura popular acaba incorporando uma análoga condição de subalternidade em relação à cultura erudita. Considerando o apartamento entre as classes sociais no cenário urbano, o acesso e a participação igualitária a arte e a cultura torna-se muito dificultado pelo gerenciamento do transporte público e pelas intervenções urbanísticas que reforçam e corroboram este mesmo apartamento. Como forma de exemplificar e de comprovar as argumentações acima, tornou-se necessário um recorte geográfico na RMRJ, que compreende o município do Rio de Janeiro e os municípios que compõem a Baixada Fluminense, coletando dados históricos, cartográficos, estatísticos e numéricos, além de se considerar as peculiaridades inerentes à região destacada. Os autores selecionados para sedimentar as argumentações desta dissertação, apresentam sólida formação no campo das ciências humanas e sociais em si, além de terem desenvolvido pesquisas que se inter-relacionam com esta mesma pesquisa stricto sensu.