Aprisionamento para além das celas: um estudo sobre relações de gênero em uma unidade socioeducativa feminina no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Maia, Isabela Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/31981
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar o atravessamento das relações de gênero nas trajetórias de vida e de internação das adolescentes em privação de liberdade no Rio de Janeiro. Para tanto, metodologicamente, foram realizadas entrevistas baseadas na história oral enquanto método investigativo com as jovens, com agentes e funcionárias da instituição, entre outubro de 2021 e dezembro de 2022, além da observação simples nas 56 visitas realizadas ao Departamento Geral de Ações Socioeducativas (DEGASE). A pesquisa busca compreender o impacto das relações de gênero nas vivências dessas jovens antes da entrada no sistema socioeducativo, além da experiência delas dentro da internação. Coloca-se como objeto de investigação, nesse sentido, o impacto das relações de gênero na trajetória, vulnerabilização e internação das mulheres. Entende-se que a privação de liberdade se constitui como uma continuidade da violência e dos processos excludentes que essas meninas já sofriam muito antes do ato dito infracional, de forma que seu aprisionamento se dá previamente à entrada na cela. Desse modo, investigou-se o sistema socioeducativo enquanto instituição que transita entre o caráter punitivo, de segurança, e socioeducativo; a vulnerabilidade penal de gênero, na medida em que determinadas condutas e jovens são mais “criminalizáveis” pelo sistema, e os atravessamentos de gênero que moldam a experiência feminina dentro das instituições.