Custo dos medicamentos e exames na hospitalização por insuficiência cardíaca em um hospital universitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Marcia Regina Lima da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23166
http://dx.doi.org/10.22409/PPGSC.2020.m.03000746706
Resumo: Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é a via final comum de várias doenças cardiológicas.Tem alta morbidade e mortalidade e se tornou um grave problema de saúde pública em todo mundo, sendo a 1ª causa de internação em idosos, responsável por um importante impacto nos custos da saúde. Objetivos: Estimar o custo da internação hospitalar por insuficiência cardíaca com o tratamento medicamentoso, testes diagnósticos de laboratório, imagem e métodos gráficos em um hospital universitário, em dois períodos de 12 meses, 2012 e 2018. Método: Estudo de caso, retrospectivo, sobre a utilização de recursos e sua valoração em internações por insuficiência cardíaca no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), nos anos de 2012 e 2018. Foi adotada uma análise do custo da doença com base na prevalência e com abordagem de bottom-up. A análise foi realizada a partir da perspectiva dos serviços públicos de saúde, estimando os custos atribuíveis às internações por IC pela observação dos prontuários hospitalares. RESULTADOS: Foram retidas para análise 155 internações, 97 em 2012 e 58 em 2018. Os custos dos exames laboratoriais foram 8,12% em 2012 e 9,6% em 2018 do total ressarcido ao HUAP. Para medicamentos foram 7,2% e 6,3% respectivamente, semelhantes aos valores daliteratura. O ressarcido para o HUAP provavelmente seria inferior ao despendido, se considerássemos a “hotelaria”, o que não foi possível, uma vez que o hospital não tem centro de custos. A taxa de mortalidade dos pacientes com IC observada no HUAP foi inferior à de outros estudos e a adesão aos medicamentos recomendados por diretrizes para o tratamento da IC foi maior. A média de idade dos pacientes internados em 2018 foi maior que a de 2012, assim como a gravidade dos pacientes (maior percentual em unidades fechadas) e os custos foram inferiores, sem impacto na mortalidade. Conclusões: a mudança no perfil do HUAP adotada após 2012 impactou na proporção de internações realizadas no total de internações em Niterói, gerais e por IC, mas dado o aumento na complexidade, houve menor impacto na proporção dos custos. Os dados sugerem que houve melhora na eficácia e na eficiência do cuidado prestado no HUAP de 2018 e relação à 2012