Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cursino, Camille Nigri |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/10723
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Resumo: |
Considerada um grave problema de saúde pública, a hepatite C vem sendo estudada há vários anos. Estima-se que mundialmente 71 milhões de pessoas estejam infectadas com a forma crônica da doença. O tratamento desta doença vem sendo modificado ao longo dos últimos anos em função dos avanços em tecnologias para saúde, em busca de medicamentos mais seguros e efetivos. No final de 2015, foram publicados os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas (PCDT) para o tratamento da hepatite C crônica, que incluiu os antivirais de ação direta. Após, diversas atualizações foram realizadas, porém ainda são poucos os estudos realizados no Brasil avaliando a segurança no tratamento. O objetivo do trabalho foi a identificação de fatores associados ao desenvolvimento de reações adversas no tratamento com os antivirais de ação direta. Estudo multicêntrico e retrospectivo conduzido em três hospitais do Rio de Janeiro entre novembro/2015 e março/2018. Foram incluídos os pacientes acompanhados por meio de consulta farmacêutica no momento da dispensação dos medicamentos e que utilizaram sofosbuvir em associação com simeprevir, daclatasvir e/ou ribavirina. A análise estatística foi utilizada para comparar as reações adversas entre os tratamentos e seus fatores associados. Um total de 581 pacientes foi incluído no estudo, com média de idade 59,6 ± 9,9 anos; e 88 % eram infectados pelo genótipo 1. O tratamento mais prescrito foi sofosbuvir, daclatasvir e ribavirina (38,4 %). A maior parte dos pacientes relatou pelo menos uma reação adversa a medicamentos (RAM) durante o tratamento (83,6 %), sendo a fadiga, anemia e cefaleia as mais frequentes. O sexo feminino (OR: 1,98; IC 95 % [1,26 – 3,11]) e o uso de ribavirina no tratamento foram preditores para o desenvolvimento de RAM (OR: 2,38; IC 95 % [1,51 – 3,74]), sendo esse principalmente no desenvolvimento de anemia (OR: 8,40; IC 95 % [4,33 – 16,30]). Além disso, a idade do paciente (OR: 1,03; IC 95 % [1,01 – 1,06]) foi positivamente associada com a anemia. A efetividade no tratamento foi de 97,5 %. Os tratamentos com os antivirais de ação direta têm se mostrado seguros e efetivos. Com isso, o uso da ribavirina se torna questionável, devido às reações adversas associadas e taxa de respostas semelhantes |