Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Gonzalez, Juan Ignacio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/13360
|
Resumo: |
A análise do processo em que se produziram as relações entre os estudantes e a política, no período que antecedeu ao Cordobazo, é o objeto central desta tese. Buscamos, com a finalidade de compreender esta temática, a elaboração analítica de uma trajetória que tomou dimensão ao redor de uma identidade definida, sobre o caráter de estudante, com a Reforma universitária em 1918. A partir das produções dos próprios estudantes e das ideias do período se asseguraram elementos que foram, logo, reconfigurados. A experiência do peronismo, em especial sobre os trabalhadores e os universitários, alcançou outra expressão sob o impacto das transformações no cenário latino-americano e a concreção de um novo Golpe de estado, em 1966. Córdoba tinha mudado seu perfil econômico e social devido ao impulso de sua indústria. Nesta cidade, sob condições particulares, produziram-se desenvolvimentos intelectuais próprios ligados ao cotidiano dos estudantes. Estes sujeitos alcançaram uma participação massiva, de uma intensa politização, que lhes outorgou um espaço de relevância na geografia local. Com base na discussão das obras, revisão de arquivos e elaboração de documentos com alguns dos protagonistas do período construímos uma posição de análise para compreender as construções que os estudantes fizeram de si, sobre sua identidade, e sua participação na íntegra no período abordado. O caminho percorrido para esta compreensão passou pela análise das ideias que circularam no contexto local, dentro da universidade, na interlocução com outros sujeitos do período e na disputa aberta com as forças regressivas que haviam se apoderado das instituições com a interrupção da ordem democrática. As ações ligadas ás atividades estudantis tiveram que imaginar novas estratégias frente á cassação de direitos e exercícios acadêmicos. Como parte de um uso habitual da violência pelas forças ditatoriais também as ações dos estudantes ganharam outro semblante ao nível organizacional e da vida cotidiana. As reivindicações confluíram até o objetivo comum da luta anti-ditatorial, mesmo que existissem outras diferenças – de origem, reelaboradas ou desenvolvidas sob os fragores dos confrontos. A política se debateu nas ruas e os estudantes foram atores principais dos acontecimentos que sacudiram o século cordobés |