Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Pedro Castellan |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-21022019-110121/
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Resumo: |
Esta dissertação tem por objetivo analisar o movimento da Serra do Rodeador, onde homens e mulheres livres e pobres, em sua maioria mulatos e trabalhadores rurais, se organizaram em Irmandade nas brenhas de Bonito, no sertão da Província de Pernambuco, nos primeiros anos do século XIX. Identificados por nós como rebeldes-devotos, ou seja, rebeldes no que tange a luta contra os problemas e injustiças sociais que atingiam aquela população; devotos no que marca as ferramentas simbólicas por eles elaboradas que serviram de armas e escudos para a luta que pretendiam travar e para construir um novo mundo possível. Optamos por descrever esse movimento por meio de dois percursos: o Simbólico e o Social. No primeiro marcados pelo patrimônio religioso do sertão, inserido em um catolicismo popular e que se expressou como um movimento sociorreligioso rústico. No segundo como expressão da Crise do Antigo Regime que atingia a Capitania pernambucana ao final do século XVIII e início do XIX, principalmente no que tange as problemáticas expropriatórias realizada pelo Estado Colonial e sofridas por aqueles indivíduos. Erigindo a Cidade do Paraíso Terreal junto à Pedra Encantada do Rodeador, aqueles sertanejos rebeldes-devotos livres e pobres construíram a sua própria história a partir de uma perspectiva própria da realidade em oposição à ordem estabelecida que lhes suprimiam a autonomia e liberdade. Ao unirmos dois campos metodológicos diferentes para olharmos esses homens e mulheres livres e pobres do século XIX, antes observados de forma unilateral acreditamos ter conseguido apresentar um toque de originalidade que compete aos estudos das revoltas populares do século XIX e dos movimentos sociorreligiosos \"rústicos\", principalmente a revolta do reino do Paraíso Terreal e os rebeldes-devotos da Pedra Encantada do Rodeador, 1820. |