Performatizando autenticidade na cultura digital: Amanda Palmer e os processos de legitimação de musicistas “independentes”

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Medeiros, Beatriz Azevedo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15696
Resumo: Este trabalho tem por objetivo compreender como se dão os embates em prol da legitimação da autenticidade artística em um contexto da música tida como independente, e como esses se fazem presentes em performances online, focando principalmente em mensagens publicadas em sites de redes sociais como o Twitter. Tendo a musicista estadunidense Amanda Palmer como fenômeno em análise, mapeamos dois momentos na carreira da artista em que sua autenticidade como musicista e produtora artística é colocada em xeque: o envolvimento com o financiamento coletivo (crowdfunding) e a maternidade. Utilizando a Grounded Theory como método, debatemos sobre categorias emergentes como “música independente”, “feminismos” e “criação da sensação de intimidade”, tendo em vista que percebemos essas palavras-chave como engrenagens que auxiliam no processo de legitimação da autenticidade pelo qual Palmer passa, mas que podem trazer subsídios para entender as performances de outras artistas de cenas próximas. Fazemos também uma discussão teórica de apoio sobre conceitos centrais como os de autenticidade e performance, a partir de autores tais quais Charles Taylor, Lionel Trilling, Richard Schechner e Paula Sibilia de modo a problematizá-los e delimitar seus usos nesta dissertação. Por fim, concluímos que Amanda Palmer constrói sua própria autenticidade a partir da exposição de uma suposta intimidade, sua inserção na cena de música independente e seu engajamento enquanto ativista feminista, formando, assim, uma construção de si que performatiza ideais de autenticidade.