Receitas ou astúcias?: como gestores desenvolvem competências em liderança, na perspectiva da inteligência prática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Salles, Wagner
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/2175
Resumo: Na função gerencial, no aspecto interpessoal, encontra-se a liderança, cujos estudos geralmente propõem a construção de um perfil fixo ao gestor. Tais características tendem a posições radicais que podem ser categorizadas em quatro paradigmas: (1) quanto a uma habilidade apreendida, (2) a ações calculadas, (3) ao conjunto de qualidades ou (4) à formação da psiquê. Considerando estes estudos como prescritivos e levando em conta o contexto dinâmico da organização do trabalho gerencial, surge uma inquietação sobre como se desenvolvem as competências em liderança em meio às lacunas entre a prescrição e a realidade do trabalho gerencial. Assumindo a perspectiva da Psicodinâmica do Trabalho, o enfrentamento do real gera um esforço para superar os obstáculos e encontrar soluções. Portanto, a inteligência prática está relacionada com o desenvolvimento das competências em liderança na função gerencial? Assim, supõe-se que a formação das competências em liderança na função gerencial estaria sujeita às astúcias do gestor em encontrar soluções práticas para atender à mobilização de pessoas no trabalho real. A estas astúcias evoca-se o termo grego métis para orientar o sentido aplicado. É, então, através dessa astúcia, dessa inteligência prática, que o indivíduo pode eventualmente ensinar como inventa, inova, cria e gerencia a parte real do trabalho. Partindo de um objetivo geral e de uma suposição que vão ao encontro de analisar o desenvolvimento das competências em liderança na função gerencial através da inteligência prática do gestor, esta pesquisa contou com uma metodologia essencialmente qualitativa e exploratória aplicando, por meio de entrevistas presenciais com gestores, o Método de Explicitação do Discurso Subjacente. Os resultados apresentaram grupos de análise nos quais foi possível compreender como se dá o espaço da inteligência prática quanto ao uso da métis, experiência singular e reconhecimento. Como categorias de análise, o campo apresentou duas competências em liderança que emergiram a partir da inteligência prática: o ouvir e a construção coletiva. As categorias indicaram que estas competências em liderança foram desenvolvidas a partir do desempenho dos gestores, nos contextos explorados, mediante o uso da inteligência prática no exercício da função gerencial