Programa Minha Casa Minha Vida, mercado e infraestrutura urbana: repercussões para o trabalho do assistente social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Passos, Jackeline Sampaio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23688
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo pesquisar sobre o trabalho do assistente social como componente da equipe de Trabalho Social no Programa Minha Casa Minha Vida no município de São Gonçalo- RJ. O objetivo é buscar compreender os desafios que se impõe sobre o fazer do Assistente Social no referido Programa Habitacional, que se constitui sob uma lógica produtivista de novas unidades habitacionais, construindo empreendimentos em áreas afastadas das áreas centrais e muitas das vezes, desprovidos de equipamentos públicos em seu entorno, contribuindo para a segregação social das famílias contempladas com as unidades habitacionais do Programa. Para tanto, a pesquisa refletiu sobre o problema da habitação, apontando que este constitui-se como um pilar do sistema capitalista, abordou o conceito de moradia adequada e segregação espacial urbana. Ainda foi traçado um percurso do trato dado pelo Estado para o problema da habitação no contexto brasileiro, onde é possível perceber uma intervenção inicialmente de cunho higienista e buscando atender muito mais os interesses da classe dominante em detrimento da classe trabalhadora na provisão de moradia adequada. Em seguida, apresenta-se como se deu historicamente a inserção dos assistentes sociais na habitação e na política urbana. No último e terceiro capítulo a pesquisa versa sobre as características sociais e espaciais do Município de São Gonçalo e problematiza a inserção dos condomínios do Programa Minha Casa Minha Vida no mesmo. Através das entrevistas realizadas às assistentes sociais que atuam e atuaram no trabalho social nos condomínios do PMCMV busca-se compreender os limites de atuação deste profissional nesse espaço ocupacional. A pesquisa revelou que a concepção mercadológica do referido Programa Habitacional e a produção desigual do espaço urbano repercutem diretamente no fazer profissional do assistente social que interfere na realidade social através da intermediação de direitos.