Estudo das leucoplasias, eritroplasias e leucoeritroplasias orais diagnosticadas em um período de 15 anos e sua correlação clinicopatológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lopes, Amanda de Almeida Lima Borba
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25765
Resumo: Introdução: Para a Organização Mundial de Saúde, as desordens potencialmente malignas orais são qualquer anormalidade que está associada à um risco aumentado de desenvolver câncer de boca, sendo as mais prevalentes leucoplasia, leucoeritroplasia e a eritroplasia. Apesar de nem todas as desordens potencialmente malignas sofrerem transformação, a presença de displasia epitelial é um dos mais importantes indicadores do desenvolvimento de malignidade. Estudos que esclareçam quais as características clínicas e sociodemográficas mais associados com a presença de displasia podem auxiliar na escolha da melhor abordagem clínica e cirúrgica. Nossa hipótese é que existem características sociodemograficas e clínicas nas leucoplasias, leucoeritroplasias e eritroplasias que estão mais associadas a presença de displasia epitelial. Objetivo geral: Analisar as leucoplasias, eritroplasias e leucoeritroplasias diagnosticadas no Hospital Antônio Pedro em um período de 15 anos e verificar se existe correlação entre os aspectos sociodemográficos e clínicos e a presença da displasia epitelial. Material e Métodos: a amostra foi composta por lesões diagnosticadas clinicamente como leucoplasia, eritroplasia e leucoeritroplasia, com diagnóstico histopatológico realizado no serviço de anatomia patológica do Hospital Universitário Antônio Pedro entre 2005 e 2019. Os dados sociodemográficos e clínicos foram obtidos do prontuário eletrônico SISPATO e das fichas do exame histopatológico. As informações coletadas foram: idade, sexo, cor da pele, hábitos viciosos, diagnóstico clínico, lesão elementar; homogeneidade quanto à superfície; localização, tamanho, quantidade e tipo de superfície da lesão. A presença e o grau da displasia epitelial foram verificados através das informações nos laudos histopatológicos descritos. Resultados: Dos 91 participantes verificou-se um total de 140 lesões, sendo 97 leucoplasias (69,3%), 17 leucoeritroplasias (12,1%) e três eritroplasias (2,1%). Foram encontradas 72 (52,9%) lesões sem displasia e 64 (47,1%) com displasias sendo 28 (20,6%) displasias leves, 23 (16,9%) moderadas, nove (6,6%) severas e quatro (2,9%) sem informação. Conclusão: a leucoplasia é comum em homens, brancos, idade igual ou superior a 40 anos; a leucoeritroplasia não apresenta predileção por sexo, mais comum em brancos, e idade igual ou superior a 40 anos; a eritroplasia é mais comum em mulheres, idade igual ou superior a 40 anos. As leucoplasias, são comumente heterogêneas, maior que 2 cm, mais frequentes em gengiva/mucosa alveolar, as LVP mais prevalentes em mucosa jugal. As leucoplasias são comumente espessas ou delgadas e únicas e as LVP preferencialmente delgadas e múltiplas. As leucoeritroplasias são frequentemente heterogêneas, únicas, maiores que 2 cm, espessa, preferencialmente em mucosa jugal e lateral de língua; as eritroplasias ocorrem em gengiva/mucosa alveolar, palato duro e dorso de língua, frequentemente única e menor que 2 cm; não houve correlação entre sexo, idade, cor de pele, tabagismo, etilismo e da associação de tabagismo e etilismo com a presença maior risco de displasia epitelial; não houve associação entre displasia epitelial e homogeneidade, lesão elementar, quantidade, tamanho e superfície da lesão