Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Souza, Bárbara da Silva Nalin de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/9270
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Resumo: |
A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença multifatorial e consiste em um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. É um problema de saúde pública e sua prevalência é elevada em todo o mundo. Apesar da evolução do tratamento anti-hipertensivo, as taxas de controle permanecem baixas. O objetivo deste estudo foi verificar os fatores associados ao controle inadequado da pressão arterial de hipertensos em tratamento medicamentoso assistidos pelo Programa Médico de Família de Niterói, particularmente o fator dietético. Trata-se de um estudo transversal. Foi aplicado questionário padronizado contendo questões relacionadas a características demográficas, socioeconômicas, comorbidades, estilo de vida, bem como Questionário de Freqüência Alimentar Semiquantitativo validado, adicionados de 11 perguntas qualitativas, para investigação dos hábitos alimentares. Os itens alimentares foram reunidos em 16 grupos de alimentos. Foi realizada consulta médica, mensuração da pressão arterial, coleta de sangue e urina e avaliação antropométrica e nutricional. Foi realizada análise bivariada para obtenção de razões de prevalência (RP) brutas. Foram consideradas associadas aquelas que apresentaram valores de p<0,10, e foram inseridas em modelos para análise multivariada. O presente estudo investigou 239 hipertensos em tratamento medicamentoso com 20 anos ou mais, sendo 126 (52,7%) mulheres e 113 (47,3%) homens. Indivíduos brancos (RP=1,28; IC95%=1,00-1,65), sem companheiro (RP=1,42; IC95%=0,98-2,05), inativos fisicamente (RP=1,41; IC95%=1,02-1,96), obesos (RP=1,32; IC95%=1,04-1,68), com glicemia (RP=1,31; IC95%=0,99-1,72), e creatinina elevadas (RP=1,44; IC95%=1,02-2,04), mostraram-se associados significativamente com o controle inadequado da pressão arterial, com valores de p<0,10. Os grupos de alimentos que se mantiveram associados significativamente (p<0,10) foram „hortaliças‟ (RP=0,99; IC95%=0,95-1,03), „carnes vermelhas, processadas e conservadas em sal‟ (RP=1,10; IC95%=1,04-1,16), e „outras bebidas alcoólicas‟ (RP=1,12; IC95%=1,02-1,22). Após o ajuste, mantiveram-se associados ao controle inadequado da pressão arterial (p≤0,05) a cor da pele branca (RP=1,33; IC95%=1,02-1,72), a inatividade física (RP=1,44; IC95%=1,01-2,06), a obesidade (RP=1,48; IC95%=1,14-1,93), a creatinina elevada (RP=1,49; IC95%=1,02-2,19) e o aumento do consumo de „carnes vermelhas, processadas e conservadas em sal‟ (RP=1,08; IC95%=1,03-1,15). A cor da pele branca, a inatividade física, a obesidade, a creatinina elevada e o aumento do consumo de „carnes vermelhas, processadas e conservadas em sal‟ mostraram-se associados de forma independente ao controle inadequado da PA. Apesar da prevalência do controle inadequado da PA ser menor que em outras populações, os resultados indicam que o estilo de vida da população estudada, mesmo sendo monitorada pelo PMF e afirmar seguir a medicação prescrita, é inadequado em relação às recomendações para controle da HAS |