Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Murilo Meneses |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98132/tde-11072023-142316/
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Resumo: |
A pressão arterial (PA) segue um padrão circadiano, geralmente caracterizado por uma queda durante o sono e um aumento acentuado ao acordar. A ascensão matinal da pressão arterial (AM) pode ser calculada pela diferença entre a média da pressão arterial sistólica (PAS) ao longo de 2 horas após o despertar e a média dos três valores de PAS centrados na PAS mais baixa do sono. É um fenômeno fisiológico, porém quando elevada é considerada um fator de risco independente para eventos cardiovasculares. Recentemente, a cronoterapia ganhou destaque como uma forma simples e de baixo custo para o controle adequado da pressão arterial durante as 24 horas. Objetivo: Avaliar o efeito da cronoterapia na monitorização ambulatorial da pressão arterial em pacientes hipertensos com ascensão matinal da pressão arterial acentuada. Métodos: Estudo prospectivo, aberto, unicêntrico e randomizado, que recrutou pacientes adultos hipertensos tratados com, pelo menos, uma medicação no período diurno, que apresentaram AM 33 mmHg em exame de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) de 24 horas realizado entre dezembro de 2021 e maio de 2022. Pacientes elegíveis foram randomizados para manterem medicações conforme uso prévio (grupo controle) ou alterarem para o período noturno dose completa de, no mínimo, uma medicação anti-hipertensiva (grupo intervenção). Após três a cinco semanas foi repetido o exame de MAPA e avaliado o efeito da cronoterapia. Os pacientes foram, também, questionados quanto a ocorrência de efeitos adversos. Resultados: Foram avaliados 20 pacientes no grupo controle e 25 pacientes no grupo intervenção. Para todos os parâmetros da MAPA, o comportamento médio dos grupos, ao longo dos momentos de avaliação, foi estatisticamente semelhante (p Interação > 0,05) e não houve diferença média estatisticamente significativa entre os grupos (p Grupo > 0,05) para nenhum dos parâmetros, mas houve diferença entre os momentos, independentemente do grupo, para média 24hs PAS, PAS vigília, PAD sono, descenso PAD e AM (p Momento < 0,05). A incidência de efeitos adversos foi baixa, sendo que apenas um paciente de cada grupo referiu hipotensão postural. Conclusão: A cronoterapia não foi capaz de trazer um melhor controle pressórico em pacientes com ascensão matinal da pressão arterial acentuada, porém a incidência de eventos adversos foi semelhante entre os grupos e o uso das medicações ao dormir não parece ser deletério. |