Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Gomes Junior, João |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/28217
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Resumo: |
Na presente pesquisa viso abordar a construção de uma cultura homoerótica na cidade do Rio de Janeiro por meio da prostituição masculina em espaços públicos entre os anos de 1890 e 1938. Pensando a prostituição masculina praticada por homossexuais como parte da história da formação do mercado de trabalho e das classes trabalhadoras na passagem à modernidade, objetivo analisar as formas de representação do pensamento social sobre os homossexuais e os homens que se prostituíam para, assim, perceber aspectos de identidades compartilhadas e de redes de sociabilidade e apoio desenvolvidas entre aqueles indivíduos em uma cultura homoerótica naquele contexto histórico. A partir de uma concepção pós-estruturalista dos gêneros e das sexualidades, proponho debates sobre as tentativas de reintegração e inserção daqueles homens na sociedade republicana e industrial do Rio de Janeiro através da ordem burguesa que se consolidava dentro de uma lógica de produção de corpos de acordo com a ordem dominante masculina/ativa e da heterossexualidade compulsória, a questão da criminalização e da perseguição aos homossexuais e das práticas homoeróticas, além de tentar entender como eles elaboravam e construíam as suas auto representações e performatividades como maneiras de resistência social a partir daquelas representações sexuais e de gênero elaboradas pelos aparelhos ideológicos aos quais eram submetidos. As fontes da pesquisa são constituídas de teses e livros médicos e policiais, documentos oficiais, processos e inquéritos, jornais e obras literárias. A temporalidade é demarcada pelo Código Penal Republicano, de 1890, e pela publicação em 1938 do livro Homossexualismo e endocrinologia, do médico Leonídio Ribeiro – datação interna ao objeto investigado. O principal método no estudo das fontes foi o indiciário junto à análise do discurso, a partir de uma abordagem qualitativa e interpretativa dos documentos. |