Identificação dos aspectos sensoriais envolvidos na alimentação de pacientes com Transtorno do Espectro Autista: elaboração de material informativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Schultz, Thais Giudice
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30010
Resumo: Transtorno do Espectro Autista é definido, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, como um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits na comunicação, interação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades. Além disso, aproximadamente 90% das pessoas com Transtorno do Espectro Autista podem apresentar alterações relacionadas ao processamento sensorial, demonstrando inabilidade em registrar, modular, interpretar e/ou responder às informações sensoriais vindo do ambiente. A sobreposição desses dois transtornos pode afetar a alimentação de crianças com autismo, manifestando-se através de dificuldades alimentares como a seletividade e a recusa de alimentos. O objetivo deste estudo foi identificar quais aspectos sensoriais estão envolvidos nas dificuldades alimentares de pacientes com Transtorno do espectro autista e, a partir desses resultados, elaborar um material informativo para profissionais da saúde que trabalham com esse público. Foi realizada uma pesquisa quantitativa, de cunho observacional e analítico com crianças de 4 a 11 anos com diagnóstico de Transtorno do espectro autista classificadas em com e sem dificuldades alimentares, totalizando 28 participantes. A coleta dos dados ocorreu em uma clínica multidisciplinar sendo aplicados os questionários “Perfil Sensorial 2” e “Breve Registro de Comportamento Alimentar para Pacientes do Transtorno do Espectro Autista” aos seus responsáveis. Os resultados dessa pesquisa evidenciaram a repercussão dos aspectos sensoriais na alimentação de crianças com Transtorno do espectro autista, apontando que 50% e 21,4% do grupo com dificuldades alimentares, “quase sempre” e “frequentemente” preferiam alimentos secos e crocantes e 57,1% “quase sempre” buscavam por alimentos preparados de uma maneira específica, mantendo sempre a mesma apresentação (aspecto visual, textura e consistência), sabor e cheiro. O quadro identificado ressalta não só a importância da atuação de uma equipe interdisciplinar, mas também, da intervenção do Terapeuta Ocupacional, especializado nessa área. A análise dos dados serviu como material primordial para a elaboração do produto da pesquisa, o qual pode proporcionar a identificação de sinais de alerta para alterações no processamento sensorial, bem como, o encaminhamento terapêutico adequado e otimização do tempo para início do tratamento