Caracterização do repertório e seletividade alimentar de crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista de um município do sul do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bubolz, Vanessa Kern
Orientador(a): Bertacco, Renata Torres Abib
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos
Departamento: Faculdade de Nutrição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8611
Resumo: O transtorno do espectro autista é caracterizado por déficits constantes na comunicação e interação social em diversos contextos, e sua prevalência mundial alcança, aproximadamente, uma a cada 54 crianças. Estima-se que a maioria desses indivíduos apresentam algum tipo de problema relacionado a alimentação, como a seletividade alimentar, que tem sido associada à ingestão inadequada de nutrientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a seletividade a partir da avaliação do repertório alimentar e caracterizar os alimentos consumidos por indivíduos com transtorno do espectro autista. Foram avaliados 113 indivíduos com transtorno do espectro autista, entre 2 a 19 anos, dos quais 85% eram meninos e 53,1% crianças, alunos de um centro educacional especializado da cidade de Pelotas, RS. O repertório alimentar foi avaliado por meio da contagem da variedade de alimentos citados em três recordatórios de 24 horas, sendo considerado limitado quando este número fosse inferior a 20 alimentos diferentes. A caracterização dos alimentos consumidos foi realizada conforme a classificação NOVA, subdividida por três grupos (grupo 1: in natura ou minimamente processados e ingredientes culinários, grupo 2: processados e grupo 3: ultraprocessados). A média de alimentos consumidos foi de 17,06±5,05 ítens, variando entre sete e 30 itens, sendo que a maioria da amostra (70,4%) apresentou repertório alimentar limitado. O número total de alimentos citados por toda amostra foi 213 itens, sendo 48,8% destes, considerados ultraprocessados e 39,0% in natura ou minimamente processados. Conclui-se, então, que a maioria dos indivíduos com TEA avaliados apresentou seletividade alimentar, confirmada pelo repertório limitado menor que 20 alimentos. Além disso, verificou-se alto consumo de alimentos ultraprocessados.