A situação de professores readaptados alocados em bibliotecas públicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Jesus, Jandira da Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15720
Resumo: O trabalho destaca a precarização docente provocada pela legislação vigente no Brasil buscando entender a situação do professor readaptado e o que essa condição pode representar para ele, para a escola e os estudantes. Foi utilizada a metodologia da entrevista semiestruturada, baseada em dados qualitativos para compreender através da análise dos dados obtidos, a situação dos professores readaptados. Foi utilizado questionário para obter informações sobre o perfil do entrevistado como idade, tempo de profissão, tempo de readaptação e locais onde já trabalhou. Foram entrevistados dois bibliotecários, dois gestores e quatro professores readaptados da Rede Municipal de Educação de Niterói. Para os que não puderam realizar entrevistas pessoalmente, foram enviados os questionários e as perguntas da entrevista por e-mail. Das quatro professoras entrevistadas somente uma afirmou não ter relação seu o problema de saúde com as condições de trabalho na educação pública, porém, a intensa carga horária agravou de forma que ela não pode continuar a trabalhar em sala de aula, precisando ser readaptada. Uma professora relacionou sua necessidade de readaptação às péssimas condições de infraestrutura das escolas públicas em que trabalhou por falta de tratamento acústico, forçando-a a elevar a voz e causando-lhe problemas irreversíveis nas cordas vocais; duas professoras relacionaram diretamente seus problemas físicos de saúde às questões emocionais como, pânico e depressão, ao excesso de burocracia, à falta de infraestrutura que impõe ao docente salas de aulas lotadas, carga horária excessiva, muitas turmas e a ausência do poder público para atender às demandas dos profissionais e da educação como um todo. Os dados mostram que a precarização docente tem afetado o cotidiano do professor, provocando a sua readaptação e a saída da sala de aula, além de afetar diretamente sua saúde física e psicológica. A falta de políticas públicas direcionadas para a educação, tem causado o adoecimento e o afastamento dos professores das salas de aula e, nos casos estudados, os direcionado para as bibliotecas pública escolar ou popular, o que implica no desenvolvimento do seu trabalho pedagógico de forma daquela prevista para um professor