Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Celório, José Aparecido |
Orientador(a): |
Peres, Lúcia Maria Vaz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/2952
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Resumo: |
O trabalho que apresento, inserido na linha de pesquisa Cultura Escrita, Linguagens e Aprendizagem, teve como objetivo desvelar de que modo as narrativas de três professoras readaptadas (que não atuam mais em sala de aula) pudessem suscitar a criação de imagens simbólicas ou mesmo de imagens que levassem a outro modo de ser professora e, sobretudo, trazer à luz os imaginários e os sentidos sobre a readaptação. O pressuposto de tese era de que a readaptação poderia marcar um momento de reinvenção de si, ou ainda, que a readaptação possibilitasse um cultivo da alma de modo que elas tivessem um novo olhar sobre suas vidas e pudessem acenar para o simbolismo ali implícito. Também que a readaptação poderia permitir que elas olhassem a realidade escolar de outro modo; talvez, de maneira mais amplificada sobre estar na escola e na sala de aula. Para mostrar se esse pressuposto se confirmaria, em parte ou totalmente, este trabalho recorreu a um campo teórico ancorado nos Estudos do Imaginário e na Imaginação Simbólica de Gilbert Durand, na Imaginação Material de Gaston Bachelard, na Psicologia Profunda de Carl G. Jung e na Psicologia Arquetípica de James Hillman. O material empírico foram quatro tipos de narrativas (oral, escrita, pictórica e ficcional) a partir da questão "como você se sente no processo de readaptação?". Foram produzidas as narrativas oral, escrita e pictórica, ressaltando que a escrita ficcional foi escrita a partir da questão "se você pudesse voltar no tempo, que professora você seria?”. Além dessas quatro narrativas, usou-se a narrativa celeste ancorada no estudo da astrologia como fenômeno arquetipal. Todas foram contempladas na análise. A narrativa celeste confirmou o que elas haviam expressado sobre si próprias. Com o intuito de dar visibilidade às imagens simbólicas, foi desenvolvido um recurso teórico-metodológico chamado de Bioconto. Nele, as narrativas das professoras readaptadas foram re-imaginadas pelo pesquisador, de modo que o biográfico não se perdesse de sua face simbólica. Nesta esteira, emergiram três imagens simbólicas, as quais desembocaram em três pedagogias ou modos de ser professor: Pedagogia das Fendas, Pedagogia do Vale-do-Monte e Pedagogia das Pedras. Essas imagens e essas pedagogias ajudaram na construção da tese final sobre a readaptação. Abstraiu-se, a partir dessas três professoras, que a readaptação pressupõe uma Pedagogia da Observância, cuja prática torna as pessoas capazes de recuperar os valores perdidos. Ela traz a profissão de professor como fundante na construção do conhecimento junto aos seus alunos, bem como o renascimento do ser que está em cada um. É na observância, no momento em que a solidão nos obriga a nos despir das obrigações dos outros, no momento em que entendemos a nossa condição humana diante da ausência e da presença, que o cultivo da alma se mostra realizado. |