Pensando em decolonizar: experiências de professores de inglês em uma perspectiva intercultural crítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Costa, Larissa Cerqueira Cardoso Bruto da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24835
Resumo: A língua inglesa carrega em si um potencial segregador, pois é supostamente unânime, considerada a língua da globalização (MOITA LOPES, 2008; SANTOS, 1988; SANTOS, 2000), porém cotidianamente esparsa. O estudo mobiliza conceitos de ideologia linguística (KROSKRITY, 2004; MOITA LOPES, 2008; SILVERSTEIN, 1979; BLOMMAERT, 2006) e de colonialidade (QUIJANO, 2007; WALSH, 2009) para interpretar as percepções dos professores sobre a prática docente e a necessidade (ou não) de adaptação do conteúdo de um livro didático produzido localmente, mas distribuído globalmente, e suas estratégias para driblar a ordem colonial no ensino de inglês. O acesso desigual junto às ideologias linguísticas reforça a dinâmica da colonialidade, como apontam os estudos decoloniais (GROSFOGUEL, 2010; MIGNOLO, 2008; OLIVEIRA; CANDAU, 2010; WALSH, 2009). O papel do educador linguístico (BAGNO; RANGEL, 2013; ALMEIDA, 2014; FREITAS, 2010) é central na mediação entre as identidades culturais dos estudantes (HALL, 2004) e o objeto de estudo, assim como no uso de materiais didáticos (MELO, 2015; FERREIRA, 2006; JORDÃO, 2010), no intuito de promover a interculturalidade crítica (WALSH, 2019). Para tanto, tenho como objetivo conhecer as perspectivas do professor sobre o contato intercultural em sala de aula assim como seu olhar sobre o uso de um MD “global”, dentro da realidade que estão inseridos. (BOURDIEU, 1989; HALL, 1997; SANTOS, 1988). A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, baseada em análise de entrevistas. Foram entrevistados três professores, recrutados no critério de conveniência, ou seja, de contato preexistente com a pesquisadora. Além disso, foram selecionados professores que já haviam usado um mesmo material didático e demonstravam ter um olhar crítico sobre ensinar. A pesquisa teve que se adaptar às condições da pandemia de Covid-19, sendo assim, as entrevistas foram conduzidas remotamente (online) e posteriormente transcritas. Além da fala dos professores, o estudo leva em consideração suas biografias e trajetórias profissionais na construção de uma relação identitária e política com o material didático global.