Letalidade da neoplasia trofoblástica gestacional em mulheres brasileiras: um estudo de coorte retrospectivo
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/28426 http://dx.doi.org/10.22409/ppgcm.2020.d.02866752775 |
Resumo: | Introdução. A Neoplasia Trofoblástica Gestacional (NTG) é um tumor placentário raro, que, embora possua altas taxas de cura, próximas de 100% na doença de baixo risco, ainda é causa de morte em mulheres jovens. Estudos prévios não apresentaram claramente os fatores prognósticos associados a desfecho fatal neste grupo de pacientes, em comparação com aquelas que evoluíram para a cura. Este trabalho investigou a letalidade da NTG em mulheres brasileiras, comparando aquelas que faleceram em razão da doença com as que entraram em remissão. Desta forma, foram identificados fatores de risco associados à letalidade da NTG. Objetivos. Estudar a letalidade da NTG em Centros de Referência (CR) do Brasil, apresentando esta taxa e caracterizando as pacientes evoluíram para o óbito. Identificar os fatores de risco que determinaram o óbito e analisar o comportamento da taxa de letalidade ao longo dos anos nas pacientes portadoras de NTG. Método. Trata-se de estudo colaborativo, retrospectivo, de base hospitalar, que levantou os casos de NTG de 10 CRs no Brasil, entre janeiro de 1960 e dezembro de 2017. Foi realizada consulta a bancos de dados, prontuários e protocolos médicos de seguimento de coortes de pacientes com NTG acompanhadas nestes CRs, comparando-se os casos de óbito nestas pacientes com aquelas que evolveram para cura. Modelos de regressão de riscos proporcionais de Cox foram utilizados para identificar variáveis independentes com influência significativa sobre o risco de morte. Resultados. Foram incluídas no estudo 2186 pacientes com NTG, das quais 2092 (95,7%) entraram em remissão e 89 (4%) faleceram em razão da doença. Foram excluídos 5 casos onde o óbito não foi relacionado à NTG. Os grupos óbito e não-óbito são semelhantes com relação à idade e paridade. Analisando-se os riscos relativos (RR), ajustados para o escore FIGO/OMS, pacientes com doença de baixo risco apresentaram risco de morte significativamente maior quando do diagnóstico de coriocarcinoma (RR 12,40), doença metastática (RR 12,57), quimiorresistência (RR 3,18) e tratamento inicial fora de CR (RR 12,22). Em relação às pacientes de alto risco, os fatores associados à morte pela NTG foram: intervalo de tempo entre o término da gravidez antecedente e o início da quimioterapia (RR 4,10), doença metastática (RR 14,66), especialmente em cérebro (RR 8,73) e fígado (RR 5,76), ausência de quimioterapia ou início do tratamento com agente quimioterápico único (RR 10,58 e RR 1,81, respectivamente), ocorrência de quimiorresistência (RR 3,20) e tratamento inicial fora de CR (RR 28,30). Conclusão. O manejo da NTG, tanto de baixo risco quanto de alto risco, em CR está associado com altas taxas de cura e é a estratégia mais apropriada para obter melhores resultados no que diz respeito à sobrevivência. |