Observação microscópica da interação de macrófagos murinos e células da linhagem J774 com isolados de Paecilomyces lilacinus
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Fluminense
Niterói |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/6714 |
Resumo: | Estudos sobre a interação parasito-hospedeiro em relação ao fungo Paecilomyces lilacinus carecem de informação, uma vez que essa espécie era reconhecida, até recentemente, como contaminante do ar, sem importância como agente causal da hialohifomicose. Atualmente, a partir de casos clínicos descritos, tanto em crianças como em adultos imunocompetentes e imunodeprimidos, tendo como agente etiológico P. lilacinus, este fungo passou a ser considerado como um importante oportunista humano emergente. Este estudo teve como objetivo desafiar macrófagos murinos e de células da linhagem J774 com conídios de P. lilacinus provenientes de distintas formas clínicas de hialohifomicose. Para isso, conídeos foram isolados a partir do crescimento fúngico em meio BDA, à temperatura ambiente, por 10 a 12 dias. Macrófagos peritoneais de camundongos C57BL/6 e a linhagem celular J774 interagiram "in vitro" com os conídios na proporção de 2:1, respectivamente. Após a interação, em tempos diferentes de incubação, as células foram fixadas com metanol e coradas com "Wright-Giemsa" para análise pormicroscopia óptica, e processadas com 2,5% de glutaraldeído e 1% de tetroxido de ósmio em 0,1M para investigação por microscopia eletrônica de transmissão (MET). Em macrófagos peritoneais murinos e células J774 observou-se que, em 30 minutos de interação, os conídios já tinham sido internalizados. A infecção a partir dai prosseguiu , com um aumento do número de conídios dentro de macrófagos, confirmado pelo aumento do índice endocítico. Entre uma a quatro horas não houveram mudanças significativas na morfologia conidial. Em cinco horas, a microscopia eletrônica confirmou o aumento do volume conidial, presença de tubo germinativo em macrófagos peritoneais murinos, enquanto que neste mesmo tempo as células J774 apenas apresentaram conídios sem mudanças significativas quanto á morfologia. Em 14 horas, em ambos os tipos celulares, foi observado um aumento do número de conídios sem mudanças significativas quanto a morfologia. Em 14 horas , em ambos os tipos celulares, foi observado um aumento do número de conídios internalizados e em processo de formação de tubos germinativos. Em 24 horas, na interação com macrófagos murinos, hifas de P. lilacinus foram observadas enquanto que, na mesma interação com as células J774 não foram observadas tais estruturas, mas somente tubos germinativos. Em 48 horas, para ambos os tipos celulares, apenas o micélio é observado. Verificou-se que os três isolados de P. lilacinus foram capazes de sobreviver dentro de fagócitos e que os macrófagos peritoneais foram mais sensíveis ao fungo que as células da linhagem J774. Os resultados obtidos neste trabalho chamam atenção de que estudos adicionais sobre a interação de dados gerados ajudem a elucidar os complexos e críticos mecanismos envolvidos na patogênese deste microrganismo oportunista. |