Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Maciel, Cássia Virgínia Bastos
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Orientador(a): |
Oliveira Filho, Jesiel Ferreira de
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Banca de defesa: |
Santos, Alessandro de Oliveira dos
,
Jesus, Mônica Lima de
,
Pinho, Osmundo Santos de Araújo
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos (PÓS-AFRO)
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Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35758
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Resumo: |
As relações raciais são componentes dinâmicos da interação humana. A autodeclaração e/ou heteroidentificação de sujeitos como pessoas brancas e negras (ou seja, sua racialização) tem papel central na vida das pessoas e na organização social. A hierarquização racial de vidas humanas precisa ser encarada como uma violência estruturada que requer cada vez mais empenho social e luta para sua superação. Ao designarmos aqui essa forma de violência por racismo, alinhamos com a perspectiva de Frantz Fanon (1968, 2020a, 2020b, 2021), que precipuamente a entende como uma atualização constante da experiência colonial europeia moderna. Isto pode ser visto acentuadamente na sociedade brasileira, conforme os estudos pioneiros das psicanalistas negras Virgínia Leone Bicudo [1945] (2010), Isildinha Baptista Nogueira (1998) e Neusa Santos Souza (1983). Ademais, podemos sugerir convergências nos estudos dos quatro autores, tais como a existência de uma subjetivação racializada e marcada pelo passado colonial e por sua atualização no racismo contemporâneo; o impacto psicológico do racismo no plano individual e coletivo; a relevância da experiência vivida e a consideração das teorias psicanalíticas, não apenas como ferramenta de interpretação, constituindo assunto ainda pouco explorado academicamente,não só pela psicanálise, de acordo com Ferreira (1999), Martins, Santos e Colosso (2013) e Schucman, Nunes e Costa (2017). Diante disso, nosso problema de pesquisa é identificar como as relações raciais são abordadas nas dissertações e teses defendidas no PPGPSI-UFBA. Como se caracteriza a articulação entre subjetividade e racialização nesta inserção? Para tentar responder a essa questão, incorporamos a contribuição metodológica da análise de documentos públicos (SPINK, 2004) considerando que as dissertações e teses são práticas discursivas. Os resultados apontam para a diversidade epistêmica do campo psicológico, a demanda por maior produção crítica sobre relações raciais, a necessidade da inserção da temática racial pela a inclusão da solicitação da autodeclaração racial e sua operacionalização como categoria de análise (dependendo do objetivo da pesquisa). |