Detecção e caracterização molecular de parvovírus humano B19 em amostras de saliva de pacientes com eritema infeccioso
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Fluminense
Niterói |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/6231 |
Resumo: | O eritema infeccioso (EI) é a manifestação clínica mais comum da infecção pelo parvovírus humano B19 (B19V) em crianças, e é caracterizado pela ocorrência de surtos com intervalos de quatro a cinco anos. Para investigação dos surtos, amostras de soro e/ou saliva dos pacientes são coletadas para confirmação laboratorial através da detecção de IgM específica anti-B19V. Como o setor de Doença Infecciosas e Parasitárias do HUAP/UFF possui um banco de soros e salivas coletados de pacientes durante dois surtos (1999-2000 e 2004-2005) de doença exantemática em Niterói, RJ, as amostras de 79 pacientes com soros positivos para IgM anti-B19V, foram testadas pela PCR convencional com dois pares de iniciadores (E1905/E1987 e P12-P13/P16) e PCR quantitativo (qPCR) a fim de determinar se a saliva pode ser utilizada para detecção do genoma e estudos de variabilidade genética do B19V durante epidemias de EI. Utilizando o PCR convencional com os iniciadores E1905F/E1987R e P13/P16 foi possível detectar o genoma viral em 12,7% (10/79) e 17,7% (14/79) das amostras de saliva e 36,7% (29/79) e 49,4% (39/79) das amostras de soro, respectivamente. Pelo qPCR 30,4% (24/79) das amostras de saliva e 74,7% (59/79) de soro foram B19-DNA positivas. Dos 79 casos estudados, 13 apresentaram resultados concordantes em todos os testes quanto a detecção do DNA do B19V em amostras de saliva e soro sendo 12 negativos e um positivo. Para outros 31 casos somente amostras de soro foram positivas, portanto o DNA do B19V pode ser detectado em um total de 36 (45,6%) amostras de saliva por pelo menos um dos testes utilizados. As salivas de 24 pacientes apresentaram carga viral de 103 a 108 cópias do genoma/mL, sendo que para 14 pacientes foi maior que 105 cópias do genoma/mL. Para dois pacientes (RJ667/1999 e RJ654/1999) a saliva coletada após nove dias apresentava 105 cópias de genoma/mL. A carga viral nos soros de 59 pacientes variou de 103 a 1012 cópias do genoma/mL, sendo que em 35 foi maior que 105 cópias do genoma/mL. A análise da sequência parcial (427pb) do gene que codifica a proteína do capsídeo viral de 15 amostras de saliva de 13 pacientes (oito do surto de 1999/2000 e sete do surto de 2004/2005) permitiram classificá-las no genótipo 1. Os resultados demonstram que a coleta de saliva, por ser um método não invasivo, pode ser uma alternativa a coleta de sangue para estudos moleculares do B19V durante surtos de EI, e ressaltam que a saliva destes pacientes com exantema podem conter concentrações de vírus maiores que 104 cópias do genoma/mL. |