Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria Carolina Granato da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói, RJ
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/22158
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Resumo: |
Este trabalho discute o embate entre visões fílmicas e memórias elaboradas sobre a primeira greve geral metalúrgica do ABC, em março de 1979, que atingiu o setor automotivo, central na economia brasileira naqueles anos e símbolo da atividade industrial do século XX, tentando relacionar a construção da história na tela ao movimento. Três cineastas: o militante da Ala Vermelha Renato Tapajós e os comunistas Leon Hirszman e João Batista de Andrade, cada qual com sua equipe, realizaram seis filmes de curta e longa-metragem, documentários e de ficção, cinco finalizados e lançados entre 1979 e 1982, enquanto a liderança daquela greve emergia na arena política com a fundação do PT (Partido dos Trabalhadores) em 1980, em oposição do PCB (Partido Comunista Brasileiro). Com suas imagens censuradas pela TV, os grevistas "fabulam" (DELEUZE, 1985) sobre aquela greve nos documentários. Tapajós e Batista através dos curtas-metragens Greve de março e Greve!, lançados no calor da hora, dialogaram com os desdobramentos da greve. Batista e Leon, dirigentes de associações de cineastas, financiados pela Embrafilme (1969-1990), rodaram e lançaram respectivamente O homem que virou suco (1980), cuja referência àquela greve é direta, pontual e breve com a inserção de planos do curta-metragem, e Eles não usam black-tie (1981), a história de uma greve que, todavia, renega o exemplo de São Bernardo; ambos foram exibidos em salas paulistas, cariocas, de outras capitais e, também para os operários do ABC. Tapajós, cuja experiência com os metalúrgicos antecedia à greve de 1979, continuou a filmá-los até 1981 e realizou o longa-metragem Linha de montagem (1982), exibido para os protagonistas. Leon, por sua vez, diretor de Black-tie, maior sucesso comercial sobre o tema no cinema brasileiro, não concluiu o documentário ABC da greve que, finalizado pelo fotógrafo Adrian Cooper, estreou em 1991 sem qualquer vínculo com os protagonistas |