Práticas e perspectivas translíngues no ensino de línguas adicionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Possas, Luciana Amorim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22847
Resumo: Durante várias décadas, houve uma tácita concordância em um importante aspecto do ensino de idiomas no Brasil: para o eficiente aprendizado de uma língua adicional (LAd), a primeira língua (L1) deveria ser evitada em uma sala de aula. Tal prática de exclusão fortaleceu-se a partir da consagração da Abordagem Comunicativa (CA), para o ensino de língua inglesa principalmente. No entanto, os atuais estudos em Linguística Aplicada voltam-se cada vez mais para a Translinguagem, conjunto de teorias e perspectivas pelo qual entende-se que, ao contrário da visão monoglóssica tradicional, que considera línguas como sistemas separados que se influenciam ou interferem mutuamente, os indivíduos multilíngues são dotados de um único repertório linguístico (orientação heteroglóssica), alimentado por e desenvolvido nas línguas adquiridas e/ou aprendidas, utilizadas em práticas translíngues para uma eficaz comunicação nas situações de zona de contato. Este estudo debruça-se sobre a perspectiva da Translinguagem a partir de Suresh Canagarajah e Ofelia García, entre outros autores, e propõe uma classificação de acordo com a receptividade da perspectiva junto aos profissionais de ensino de línguas no Brasil. Ainda, analisa o tratamento dado pelos docentes e sua receptividade às práticas translíngues em salas de aula, através da coleta de exemplos e comentários sobre essas práticas, publicados por profissionais do ensino de línguas em grupos de uma rede social. Finalmente, demonstra que, embora não relacionem as práticas à perspectiva da Translinguagem, os profissionais, em sua maioria, compreendem os aspectos cultural, afetivo e identitário nelas imbricados