CANNABIS MEDICINAL: UMA PERSPECTIVA SOBRE O USO A PARTIR DO CONHECIMENTO, ATITUDES E PRÁTICAS DOS PRESCRITORES DO MEDICAMENTO NO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Souza, Monique Xavier
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/36233
Resumo: A Cannabis, também conhecida como maconha, é utilizada pelo homem há milhares de anos em seu mais amplo contexto e em diversas culturas ao redor do mundo. O conhecimento sobre os mecanismos celulares da planta só foi elucidado no final do século XX. Estudos clínicos e não clínicos vêm sendo realizados nas últimas décadas, fornecendo evidências científicas da eficácia da Cannabis e de seus principais compostos químicos em variadas condições. O objetivo deste trabalho foi analisar o conhecimento, atitudes e práticas dos profissionais da saúde prescritores de medicamentos à base de Cannabis em relação ao uso terapêutico das substâncias na prática clínica. A amostra calculada foi de 269 profissionais prescritores no Brasil. Um questionário foi aplicado virtualmente, obtendo-se 277 respostas (203 de médicos e 74 de dentistas). Foram realizadas as análises estatísticas descritiva e inferencial, obtendo-se frequência absoluta para as perguntas de escolha única e relativa para as perguntas de escolha múltipla. O Teste de Qui-Quadrado de Pearson foi executado, considerando p-valores < 0,05 como estatisticamente significativos. O presente estudo revelou que 99,3% dos profissionais acreditam ser possível baseado em evidência científica a redução de medicamentos convencionais quando são utilizados medicamentos à base de Cannabis, a condição tratada mais frequente é a dor crônica (85,56%) e 97,47% dos profissionais relataram perceber melhora na qualidade de vida dos seus pacientes. Os profissionais que não fizeram nenhum curso se sentem mais inseguros quando comparados aos que fizeram curso de especialização sobre o tema em sua formação (p= 0,019), assim como maior desconhecimento sobre qual RDC está baseado para prescrição (p=0,018). A maioria dos profissionais segue os protocolos já estabelecidos na literatura e demandam por mais educação sobre o uso medicinal da Cannabis.