Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Furtado, Michelle Guimarães de Mesquita |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/37714
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Resumo: |
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa progressiva e fatal que afeta os neurônios motores superiores e inferiores. Embora os mecanismos patogênicos da ELA ainda não sejam totalmente compreendidos, sabe-se que é uma condição multifatorial e a neuroinflamação desempenha um papel central, contribuindo para a progressão da doença. A ativação crônica de células imunológicas no sistema nervoso central (SNC), como a microglia e astrócitos, leva à liberação excessiva de citocinas pró-inflamatórias, que exacerbam o dano neuronal, promovendo a morte dos neurônios motores. Esse processo inflamatório perpetua um ciclo de neurodegeneração e inflamação, acelerando o curso da doença. Porém, embora a neuroinflamação e as citocinas estejam associadas à progressão da ELA, elas também desempenham um papel protetor em certos contextos. Inicialmente, a ativação de células imunológicas, como a microglia, pode contribuir para a defesa do SNC ao liberar citocinas anti-inflamatórias. Portanto, há um equilíbrio delicado entre a neuroinflamação protetora e a patogênica na ELA, onde uma resposta inflamatória controlada pode retardar a progressão da doença. A retina é a estrutura responsável por iniciar o processamento da visão e se origina a partir do tubo neural, sendo, portanto, parte do SNC. Cada vez mais tem sido demonstrado que diferentes doenças neurodegenerativas podem afetar a retina. Assim, ela tem se tornado objeto de estudo para essas doenças, visto que oferece uma oportunidade única para observação de uma extensão do SNC. Neste estudo, investigaram-se possíveis alterações inflamatórias e apoptóticas na retina de camundongos SOD1G93A, comparados aos controles (WT) através da quantificação de citocinas pela técnica de Western blotting. Foram analisados os níveis das citocinas IL-6, TNF-α, IL-10 e caspase-3. Não se observaram diferenças significativas entre os grupos para IL-6 e TNF-α, embora tenha havido uma tendência de redução de IL-6 nos animais SOD1G93A com 17 semanas. IL-10 mostrou uma redução na fase inicial da doença, sugerindo menor resposta anti-inflamatória. Para a caspase-3, não foram detectadas alterações relevantes. A análise de células ganglionares e astrócitos pela imuno-histoquímica de montagem plana da retina também não mostrou diferenças significativas. Conclui-se que, embora as alterações não sejam estatisticamente significativas, há tendências de redução da resposta anti-inflamatória em fase inicial da doença justificando o estudo da ELA na retina como um preditor do perfil inflamatório no SNC, sendo necessário estudos futuros para confirmação. |