Processo de produção de subjetividades na EJA: oljhe nos meus olhos sou um ser humano, matemática não se aprende-ensina por osmose, não carrego mais comigo o peso do mofo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lopes, Eliane Fernandes Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
EJA
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/31246
Resumo: Nesse texto é apresentada uma pesquisa qualitativa que analisou discursos narrativos, em especial de profissionais da educação interessadas(os) na Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA), em busca de acompanhar alguns processos perceptíveis de produção de subjetividades dos sujeitos da EJA. Esse grupo de professoras(es) e/ou pesquisadoras(es) participou do curso de formação Saberes, currículos e práticas pedagógicas em matemática na Educação de Jovens e Adultos, realizado em 2021, pelo Grupo de Pesquisa de Jovens e Adultos da Universidade Federal Fluminense, com o apoio da Sociedade Brasileira de Educação Matemática. Além da ótica freiriana que também fez parte do arsenal teórico usado ao longo do estudo, a pesquisa foi construída com base em referenciais teóricos metodológicos relativos às narrativas de si (BRAGANÇA, 2008; DELORY-MOMBERGER, 2012; PASSEGGI, 2008) e outros referentes à cartografia (GUATARRI; ROLNIK, 1996; PASSOS; KASTRUP; ESCÓSSIA, 2009; ROLNIK, 1989), dentre outros. Com inspiração nessas perspectivas, a questão Quais interfaces entre estruturas curriculares e processos de ensino e de aprendizagem podem influenciar a produção de subjetividades dos sujeitos da EJA? perpassou a criação dos percursos. Em um deles, em função de sentimentos de impotência ou de insatisfação percebidos em alguns desses discursos narrativos, foram discutidos elementos sobre a formação inicial de professores da educação básica, em especial de matemática, o que favoreceu maior visualização de alguns aspectos que influenciam, ainda hoje, processos de produção de subjetividades dos sujeitos da EJA, estudantes, profissionais e pesquisadores. Tais pontos são relativos às dualidades múltiplas da educação em diferentes dimensões, diferenciando as políticas públicas educacionais oferecidas aos diferentes extratos das classes sociais, sustentadas por privilégios para alguns e precarização da educação para a maioria. Fatores que têm provocado maiores problemas para a educação escolar de jovens e adultos das camadas populares da classe trabalhadora, mas não apenas por isso, pois com o estudo também foi possível conjecturar que a precarização imposta à educação escolar regular de jovens e adultos tem servido também para distrair a atenção, de quem defende uma educação mais igualitária para toda a população brasileira em relação ao projeto de educação periférica e colonialista, que tem atingido inclusive os sujeitos do ensino regular público, vide a manutenção de classes de aceleração nas escolas públicas e a juvenilização da EJA e de seus primos acelerados que só tem aumentado nos últimos anos.