Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Freire, Iara Maravalha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/15671
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Resumo: |
O presente estudo se configura como uma investigação qualitativa realizada no contexto da linha de pesquisa Linguagem, Cultura e Processos Formativos do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense. Parte do princípio de que o trabalho pedagógico com a linguagem na escola deva se realizar enquanto prática social no processo de aprendizagem da escrita pelas crianças na fase inicial de alfabetização. A pergunta de partida que orienta a realização desta pesquisa é a seguinte: Considerando o trabalho de produção textual desenvolvido em uma turma do 2o ano do Ensino Fundamental, como as crianças expressam marcas de sua singularidade na composição de seus textos escritos? Desta forma, o objeto de estudo é a produção de textos escritos pelas crianças na fase inicial de alfabetização. O objetivo geral da pesquisa é compreender que aspectos nos textos escritos das crianças evidenciam marcas de estilo relacionadas à autoria a partir das propostas de produção textual realizadas pela professora na prática pedagógica cotidiana. Para o alcance do objetivo geral, foram definidos os seguintes objetivos específicos: 1) Caracterizar o contexto das propostas de produção de textos escritos feitas pela professora; 2) Descrever as práticas de produção textual realizadas na sala de aula, buscando evidenciar os gêneros discursivos trabalhados com as crianças; 3) Compreender como se manifestam as marcas de estilo na produção de textos escritos de crianças, tanto individualmente quanto na perspectiva do gênero. Como procedimentos metodológicos, foram realizadas: 1) observações de aulas; 2) entrevista com a professora; 3) recolhimento dos textos escritos pelos alunos. A análise do material foi realizada com base na teoria da enunciação, de Bakhtin, e no paradigma indiciário, de Ginzburg, buscando marcas das singularidades, manifestadas especialmente na escolha de recursos expressivos para elaboração dos textos escritos. Além dos autores e temas já citados, também consideramos o estudo da perspectiva histórica de Alfabetização (MORTATTI, 2000; 2006; 2009), do trabalho com a linguagem no contexto da sala de aula (GERALDI, 2009; 2011; 2015; 2017; SMOLKA, 2012; GOULART, 2006; 2011; 2013; 2014; 2019) e do conceito de autoria (POSSENTI, 2002; 2013). A análise destacou que as escritas infantis revelam e representam as crianças, apresentando suas visões e compreensões de mundo, suas emoções, imaginações e diferentes saberes que as constituem enquanto sujeitos sociais. As escritas, também, nos revelam indícios do desenvolvimento do processo de produção de escrita de cada criança e a negociação de sentidos que realizam em seus textos, decorrentes da articulação entre as proposições da escola e o projeto discursivo individual, sempre em direção ao seu interlocutor. Os resultados alcançados permitem afirmar que as crianças já indiciam na fase inicial de alfabetização um estilo próprio de escrita relacionados a sua autoria e considerar a importância de uma prática alfabetizadora embasada na perspectiva discursiva em que o ensino da língua escrita favoreça que as crianças, na interação com seus pares, elaborem novos conhecimentos e suas próprias histórias com autonomia para viverem novas experiências na escola e na vida |