Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pércope, Fernanda Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/28445
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Resumo: |
Introdução: Alergia alimentar (AA) é reação adversa ao alimento, envolvendo mecanismo imunológico. Pode-se manifestar com sintomas cutâneos, nos sistemas gastrointestinal e respiratório. Os sintomas gastrintestinais costumam ocorrer nos primeiros dois anos de vida. É problema de saúde pública, mais comum em crianças com prevalência aumentando. Para além dos custos financeiros, o desgaste emocional parece impactar a qualidade de vida (QV) do paciente de todas as idades e de seu cuidador principal. Objetivo: Avaliar o impacto da AA em crianças até dois anos na QV de cuidadores e crianças Métodos: Foi realizada revisão integrativa da literatura cuja questão de pesquisa foi: “Qual é o impacto da AA sobre a QV de crianças menores de 2 anos e seus cuidadores?” A estratégia de busca foi realizada por meio de levantamento automático (online) e manual das referências bibliográficas nas bases de dados MEDLINE (via PubMed) e SCOPUS, utilizando estratégia de busca adaptada para as duas bases de dados. Resultados: Foram selecionados 16 artigos para leitura na íntegra.Não foi encontrado nenhum artigo que abordasse somente crianças até 2 anos de idade ou seus cuidadores. Quanto maior o número de alimentos implicados, envolvimento dos sintomas respiratórios e cardiovasculares e presença de dermatite atópica e anafilaxia, maior a pontuação nos questionários de qualidade de vida, assim como ansiedade e isolamento. Cuidadores apresentaram pior QV nos domínios relacionados a comer fora, confiar em outras pessoas, pessoas não levarem a sério a alergia e a criança ir à escola ou acampamento. As principais preocupações são relacionadas à comer fora e sem supervisão. Os fatores que mais impactaram na QV das famílias foram: idade, número de alimentos excluídos, gravidade dos sintomas e congestão nasal. Crianças com alergia não mediada por IgE apresentaram os piores escores em todos os domínios de qualidade de vida. Mães apresentaram maior empoderamento em relação aos cuidados com a criança e pior QV relacionada à saúde (QVRS), quando comparado aos pais. Crianças menores (0-3 anos) apresentaram melhor QVRS, comparadas às mais velhas. Conclusões: Considerando que a maioria das alergias que acometem pacientes abaixo de dois anos de idade são não-mediadas por IgE, é necessário estudos que abordem este tema nesta população específica. Foi notório o uso do Food Allergy Quality of Life Questionnaire - parent form (FAQLQ - PF) e o Food Allergy Quality of Life - Parental Burden (FAQL-PB) para a avaliação da qualidade de vida dos cuidadores. É necessário desenvolvimento de políticas de apoio às famílias de pacientes alérgicos e leis de rotulagem. |