Avaliação hematológica, Bioquímica, Histopatológica e parasitológica de cães naturalmenter infectados por Leishmania infantum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pires, Bruno Cabral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28509
Resumo: A leishmaniose visceral canina é uma doença polissintomática no cão doméstico, podendo afetar vários órgãos do animal. Alterações hematológicas de triagem como anemia e trombocitopenia são as mais comumente encontradas. Alterações em bioquímicas séricas incluem em sua maioria hipoproteinemia e aumento nas concentrações de creatinina e ureia. Além disso, apesar de bem estudada em alguns órgãos, pouco se sabe sobre a capacidade do fígado de armazenar o parasita e apresentar uma resposta imunológica específica. O objetivo do presente estudo foi avaliar o perfil hematológico e parâmetros de bioquímica sérica de cães naturalmente infectados com a leishmaniose visceral canina, bem como correlacionar as alterações macroscópicas e microscópicas encontradas no fígado desses animais com a detecção parasitológica de Leishmania infantum neste mesmo órgão. Um total de 82,9% dos animais apresentou algum tipo de alteração hematológica, sendo anemia e trombocitopenia (68% e 22% dos animais, respectivamente) as alterações mais comumente encontradas. Em relação às alterações bioquímicas, a grande maioria dos animais apresentou aumento nas taxas séricas de gama glutamil transferase (GGT) e Bilirrubinas totais (83,13% e 90,4% respectivamente), indicando comprometimento hepático nos animais. Além disso, foram encontradas correlações entre a detecção parasitológica de L. infantum no fígado e a presença de infiltrado inflamatório perivascular, multifocal e periportal. Os resultados obtidos sugerem a capacidade da L. infantum de gerar uma resposta inflamatória no fígado, de caráter crônico, gerando graves consequências clínicas para o quadro geral dos animais doentes. Portanto, em cães naturalmente infectados, foi possível observar que o fígado se torna um importante órgão-alvo do parasita, sendo responsável pela manutenção da infectividade nos animais infectados